Os empreendedores que estão estudando sobre como vender nos marketplaces se deparam com regras de operação, anúncios e estruturas totalmente distintas entre as plataformas. 

Essa diferença pode deixar o processo um pouco confuso e até exigir mais investimento de tempo no momento de cadastrar e criar os anúncios dos produtos, por exemplo.

O crescimento do comércio eletrônico já era uma tendência no mercado de vendas nacional e internacional. 

A partir do fechamento obrigatório de estabelecimentos de comércio e serviços não essenciais como medida de combate à pandemia do novo Covid-19, comprar online tornou-se uma forma de continuar fazendo compras.

Em 2023, segundo a Abcomm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), o faturamento do e-commerce no Brasil foi de R$ 185,7 bilhões com ticket médio de R$ 470 (2% maior que em 2022), 395 milhões de pedidos e 87,8 milhões de clientes virtuais.

Este artigo tem o objetivo de trazer algumas dicas para que o empreendedor saiba como vender em marketplaces, o que avaliar, as regras e os cuidados na hora de cadastrar um produto ou anúncio de venda, além de dicas para vender mais. Confira!

Como se cadastrar no marketplace?

O primeiro passo para começar a vender em marketplaces é escolher qual ou quais plataformas existentes você vai utilizar. 

Você pode apostar em marketplaces mais generalistas, como Mercado Livre, Amazon e Shopee, ou marketplaces de nicho, como a Cobasi (mercado pet), Netshoes (artigos esportivos), Dafiti (moda), entre outros. 

Pesquise sobre os canais de venda, avalie quais são as regras de operação, taxa de comissionamento e políticas. Só assim você poderá escolher por onde começar. 

A dica para quem ainda não vende em nenhum marketplace é eleger um canal principal e, com o tempo e após adquirir conhecimento, ampliar sua atuação.

Estando ciente de todos os requisitos do marketplace, é só realizar o cadastro seguindo o passo a passo no site da própria plataforma e aguardar a liberação da empresa. Com a aprovação, você poderá configurar a sua loja virtual dentro do site. 

É importante saber que cada canal dispõe de uma Central para Vendedores, onde oferecem artigos, tutoriais e vídeos para auxiliar quem está chegando.

Como vender em marketplace?

Como vender no marketplace é uma das dúvidas mais frequentes dos empreendedores. Isso porque, como falamos no início desse conteúdo, cada canal tem uma estrutura de cadastramento e exigências de informações diferentes, bem como as regras e políticas.

O vendedor precisa ficar atento aos materiais de ajuda disponibilizados pela empresa e aos requisitos básicos de cada anúncio ou cadastro de venda. Normalmente, a estrutura do produto precisará de informações como:

  1. Ficha técnica: dados básicos e obrigatórios (conforme a tabela abaixo);
  2. Categorização: adequação do seu produto às categorias do marketplace;
  3. Campos customizados: outros campos que podem ser preenchidos pelo vendedor para deixar o cadastro ainda mais completo.

Vamos analisar três marketplaces para confirmar essas diferenças na FICHA TÉCNICA. São eles: Amazon, Mercado Livre e Shopee.

1. Cadastro de produtos e campos obrigatórios:

Campo obrigatórioAmazonMercado LivreShopee
Nome ProdutoSSS
Código (SKU)SSS
UnidadeUNUNUN
Classificação Fiscal (NCM)NNN
PreçoSSS
Preço PromocionalSSS
OrigemNNN
ObservaçãoNNN
SituaçãoS (exceto full)AtivoS
Estoque MínimoNNN
Estoque MáximoNNN
Peso LíquidoNSS
Peso BrutoNSS
Fornecedor/FabricanteNNN
Descrição do FabricanteNNN
LocalizaçãoNNN
Preço CustoNNN
GTIN / EANSNN
GTIN / EAN embalagemNNN
Descrição complementarSNN
Largura do produtoNNS
Altura produtoNNS
Profundidade do produtoNNS
Descrição curtaSSS
MarcaNNN
CrossdockingNNN
VídeoNNN
CondiçãoNNS
Imagem (interna/externa)NSS
GarantiaNNN
Unidade medidaNNS
Link página do produtoNNN
DepartamentoNNN
Frete GrátisNNN

Diferenças na ficha técnica de anúncio de produtos dos marketplaces.

A tabela acima nos mostra que:

  1. A Amazon Marketplace para quem vende no Fulfillment, é a única condição em que  o cadastro do produto não precisa apresentar “Situação”;
  2. Para vender na Amazon, você não precisa informar o peso líquido e bruto do produto. Mas, é preciso preencher o GTIN / EAN.
  3. O cadastro de produto no Mercado Livre e na Shopee não precisa de uma descrição complementar do item;
  4. Porém, para vender pela Shopee, é preciso destacar: Largura, Altura e Profundidade do produto, bem como a sua condição;
  5. Vender na Amazon pode ser mais prático por não ser obrigatório adicionar uma imagem interna ou externa do produto. Contudo, o cliente deseja ver o que está adquirindo, por isso, recomendamos incluir imagens de boa qualidade;
  6. Para anunciar produtos no Mercado Livre ou na Amazon, não é necessário incluir uma “unidade de medida” do item. Já na Shopee, é obrigatório.

2. Validação automática de anúncio para marketplaces

Com a comparação acima, foi possível perceber que o vendedor da Shopee, por exemplo, vai precisar adequar seu cadastro de produto para vender na Amazon ou no Mercado Livre. 

Essa adequação será principalmente na ficha técnica e na categorização. Para que esse processo seja menos complicado, o empreendedor precisa estar ciente de todas as ferramentas que o ajudam a vender em marketplaces. 

Neste caso, precisamos destacar dois pontos:

Crie um cadastro único para vender em vários marketplaces

Utilizando uma ferramenta que permite a integração com os marketplaces, controle de estoque sincronizado, gestão dos pedidos e muito mais, você pode criar um cadastro único  de produto para vender em quantos canais desejar.

O pulo do gato está no uso da ferramenta como o sistema principal do seu negócio, apenas enviando as informações aos marketplaces. 

Nesse caso, o vendedor preenche o cadastro do produto com todos os campos necessários diretamente no sistema, faz a categorização conforme a plataforma e, após integração com o canal de venda, envia para a plataforma automaticamente.

Além de otimizar o processo de cadastramento, ainda é possível ganhar tempo quando for necessário alterar informações, preços ou fazer promoções. Todos os canais vinculados terão seus cadastros alterados de uma vez só.

Essa solução faz parte do sistema de gestão Bling, que conecta o seu negócio a mais de 250 empresas entre plataformas de e-commerce, marketplaces e operadores logísticos.

Utilize a validação automática de anúncios e não tenha retrabalho

Uma das novidades do sistema Bling para melhorar ainda mais a experiência de cadastrar produtos e criar anúncios de venda para os marketplaces é a Validação Automática de Anúncios. Assista ao vídeo abaixo e veja como a funcionalidade opera, na prática:

Com essa novidade, o empreendedor pode verificar qual é a pontuação do cadastro do produto em cada marketplace, ou seja, quanto mais longe dos 100 pontos, maiores são os erros no cadastro ou falta de informações que aquele canal exige na FICHA TÉCNICA. 

Confira um exemplo abaixo:

Tela de Validação Automática de Anúncios no sistema Bling.

Neste caso, o produto está com apenas 25% dos campos preenchidos no sistema Bling, mas já apresenta compatibilidade de 45% com o que o Mercado Livre exige para seus anúncios, 50% com Amazon e 67% do cadastro de produto para vender pelo marketplace da Shopee.

Contudo, a novidade não termina por aí. O vendedor poderá clicar no marketplace desejado para conferir quais são os campos faltantes ou os erros encontrados na ficha técnica. Continuando no exemplo acima, vamos selecionar a Shopee:

Tela 2 de Validação de Anúncios.

Para que o cadastro do produto seja 100% compatível para exportar à Shopee e começar a vender pelo marketplace, é preciso inserir informações nos campos de: código, descrição curta, imagens e nome do fornecedor.

Além disso, siga para as próximas etapas de categorização e campos customizados, que ainda não são validados automaticamente pela ferramenta do Bling. Assim fica muito mais fácil acertar seus anúncios na primeira vez, não é mesmo?

A funcionalidade está liberada apenas para os marketplaces Amazon, Mercado Livre e Shopee no momento. As demais plataformas serão liberadas em breve.

Tecnologia para auxiliar o lojista 

No Brasil, diversos marketplaces ganharam força nos últimos anos e com a pandemia ainda mais relevância. Entre os principais podemos citar o Mercado Livre, a Amazon, o grupo B2W, o Magazine Luiza, a Via Varejo, o Carrefour, entre outros. 

Se no mundo das vendas online o marketplace é um shopping virtual, é bem interessante para o lojista estar inserido nesses canais de vendas para aumentar seu faturamento, conseguindo maior visibilidade e, consequentemente, novos clientes. 

De acordo com Sidney Zynger, especialista em comércio eletrônico e diretor de marketing do Bling, as empresas que querem sobreviver na oscilação atual do mercado precisam investir em tecnologia e nas vendas online como questão de sobrevivência. 

O comportamento do consumidor também está mudando, mostrando maior interesse nas compras pela internet e, cada vez mais, as empresas percebem que depender somente de vendas na loja física pode ser um limitador.

Vender em outros canais, como lojas virtuais e marketplaces é uma forma viável de manter a operação viva e saudável financeiramente.

Segundo Zynger, é necessário apostar em ferramentas que auxiliem o lojista nesse novo momento. “Para empresas que querem começar a vender online, uma dica é apostar em marketplaces e ter a tecnologia como aliada. Já existem muitas ferramentas que auxiliam os empreendedores, como, por exemplo, os sistemas de gestão, e temos uma variedade de canais de vendas. 

Apostar nessas soluções agrega valor para a empresa, que começa a traçar novos nichos de mercado.” comenta.

Quais são os benefícios em vender em marketplaces?

Grande audiência, redução de custos e mais retorno nas vendas. Estes são os principais benefícios em estar presente em marketplaces. A audiência que um marketplace tem, uma loja virtual sozinha demora muitos anos para ganhar, pois isso, começar as vendas em um marketplace é sempre importante.

Para exemplificar, é a mesma situação de ter uma loja física no centro comercial da cidade ou a mesma loja escondida em um bairro longe do movimento. Você vai fazer vendas pontuais, mas a visibilidade que terá no centro comercial é muito maior pelo simples fato de ser um local onde as pessoas procuram o comércio de forma natural. 

A redução dos custos vem principalmente no quesito publicidade. Quando seus produtos estão em um mercado com grande audiência, como os marketplaces, o gasto em publicidade também acaba diminuindo.

O local já é uma vitrine por si só para o seu negócio, e em troca o lojista paga uma comissão sobre as vendas efetivadas. 

Quanto maior a audiência, mais o público que você deseja estará disposto a comprar o seu produto. Por isso, vale analisar em quais marketplaces estar presente, levando em conta o seu nicho de mercado para estar onde o consumidor do seu produto vai comprar.

É importante se atentar que o marketplace também abriga muitos lojistas concorrentes, sendo ideal manter um preço ou vantagens atrativas para o consumidor.

Leia também >>> Precificação: como calcular o preço de venda e ter lucro.

Como vender produtos no marketplace? Passo a passo para começar

Como todo o negócio que começa, é preciso estudar o mercado, as plataformas e se valer das tecnologias para facilitar o seu trabalho e integrar seus canais de venda e gestão. 

Por isso, a primeira dica é sempre dispor de um sistema de gestão online, pois ele faz integrações com os maiores marketplaces do mercado e se torna um aliado no trabalho do dia a dia, aumentando a produtividade dos colaboradores e garantindo mais tempo para a equipe pensar no negócio de forma inteligente, criativa e estratégica. 

A partir disso, as ações de gestão ficarão mais simplificadas e o tempo passa a ser destinado a pensar no negócio de forma criativa. Confira algumas dicas para começar a vender em marketplaces.

1. Faça descrições completas dos produtos

Quanto mais informações forem apresentadas de forma clara na descrição, melhor para o entendimento do cliente, além de aumentar as chances de conversão. Para ajudar na criação do texto, pesquise no site da marca para conhecer todas as funções e diferenciais.

Leia também: Como fazer descrição de produtos para e-commerce?

2. Use fotos que se destaquem em meio à concorrência

Boas fotos do produto, além de chamar a atenção do consumidor, ajudam a eliminar dúvidas sobre os itens e passam mais confiança para vender em marketplaces. Se não puder produzir as fotos, acesse novamente o site do fabricante/marca e copie as fotos. 

3. Escolha a plataforma mais adequada para seu negócio

Aprenda como vender em marketplace, começando por uma plataforma. Empenhe-se em conhecer os diferenciais e funções. Assim, você escolhe a melhor opção inserir seu negócio no mercado digital e, depois, pode incluir outros sistemas com mais segurança. .

4. Cadastre e venda seus produtos

Com os produtos devidamente cadastrados na plataforma, você poderá vendê-los com muita praticidade. Siga as diretrizes destacadas acima e preencha todos os campos necessários para que o seu portfólio apareça na busca dos clientes. 

Leia também: O que é SKU do produto, para que serve e como criar o código?

5. Não se esqueça de ter presença de marca

Um dos pontos apresentados como negativos em relação aos marketplace é a predominância da plataforma sobre o visual da marca. No entanto, é possível colocar a marca da sua loja em seus produtos, criando um vínculo entre sua empresa e o consumidor.

Personalize as fotos dos produtos com seu logo para mostrar que você é um revendedor e que seu catálogo é de itens originais. Inclua no carrossel uma imagem personalizada com os perfis das redes sociais para que os clientes possam acompanhar suas redes sociais.

6. Cuide da logística e fique de olho nos prazos de entrega

A logística é um fator determinante para quem deseja oferecer um bom serviço. Afinal, é necessário respeitar os prazos de entrega para não sofrer punições ou uma má reputação.

Monitore o processo de entrega de cada pedido em diferentes horários do dia e também os canais de contato para responder dúvidas dos clientes. Assim, você gerencia as expectativas e resolve rapidamente eventuais problemas.

Leia também >>> Experiência do cliente: o que é, qual a sua importância e como fazer.

7. Fique atento ao gerenciamento de contas do negócio

Apesar de vender em marketplaces trazer diversas funcionalidades e a possibilidade de automação de alguns processos, isso não significa que você não precisa dedicar um pouco de atenção à gestão do seu negócio. 

Por isso, fique de olho na taxa de comissionamento para não ter surpresas após começar as vendas. 

EXTRA: dicas para vender mais

Algumas estratégias são interessantes para efetivar ainda mais vendas por meio dos marketplaces. Confira as principais que vão atrair os clientes para suas ofertas:

Oferecer frete grátis

Essa é uma dica importante, mas é preciso analisar os números da operação para ver se será viável para o seu negócio. 

Os benefícios como frete grátis deixam o consumidor mais propenso para a compra e torna seu produto mais competitivo perante o mesmo produto de uma loja concorrente que tem custo de entrega.

Outra opção interessante pode ser comprar no site e retirar na loja, quando houver essa opção. Os motivos que levam o consumidor a preferir este formato é justamente o fato de não precisar pagar o valor de frete, e também poder ter o produto de forma mais rápida.

Leia mais >>> Frete como estratégia do seu e-commerce: funciona?

Integrar as diferentes plataformas

Criar um negócio unificado, pensando sempre na experiência do consumidor, passa por integrar as diferentes plataformas utilizadas. Isso cria um negócio único e com mais oportunidades de vendas.

Além disso, também é importante, pois colabora para a organização do negócio na totalidade, incluindo a expansão digital, a otimização de tempo de gestão e a exploração de diferentes oportunidades comerciais.

Organizar os processos

Vender em marketplaces também envolve muitos processos de gestão interna. Manter os processos organizados é fundamental para melhorar a experiência do consumidor e manter seu estoque, caixa e entrega organizados. 

Para isso, é fundamental a utilização de um sistema de gestão como o Bling, pensado para negócios de e-commerce manterem seu sistema financeiro integrado às vendas e à entrega. 

Isso faz com que o registro de tudo o que acontece no seu negócio tenha uma única central de informações e, mesmo que a sua loja venda em vários marketplaces, o gerenciamento será unificado.

Esse processo, além de otimizar tempo, faz com que a gestão seja mais eficiente e simplificada. O ERP é um aliado para operacionalizar os serviços relacionados ao e-commerce de forma integrada com todas as frentes de atuação.

Regras e políticas dos marketplaces

Conforme vimos no decorrer desse conteúdo, a diferença entre os marketplaces também se estende às suas regras e políticas. 

Para evitar qualquer problema com as suas vendas ou ser banido da plataforma, orientamos que busque sempre estar por dentro das atualizações de documentos criadas pelas empresas e disponibilizadas na central do vendedor.

Nestas centrais, também é possível acompanhar dicas para melhorar o ranqueamento do seu anúncio, podendo ser de forma orgânica ou com o investimento em anúncios patrocinados.

O que o Bling pode fazer pelo seu negócio?

Com uma plataforma de gestão, todos os canais da sua loja ficam integrados. Desta forma, você pode se dedicar a outros aspectos do negócio com mais facilidade. 

O Bling permite que os empreendedores organizem a gestão do negócio com segurança, facilidade, agilidade e eficiência. São diversos serviços que possibilitam o controle total sobre as vendas, finanças, estoque, produtos, clientes, pedidos, comissões de vendedores entre outros. 

Além disso, o Bling é integrado com os Correios e com as maiores plataformas de e-commerce e marketplace do país.

O universo do e-commerce é cheio de oportunidades mas também de muitos concorrentes. Fazer um serviço de excelência é importante para quem quer vender mais e atender bem às expectativas dos seus clientes. 

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