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Escalas de trabalho: como escolher e implementar?

Definir corretamente as escalas de trabalho é essencial para o bom funcionamento de qualquer negócio. Essas ferramentas servem para definir os horários de trabalho e descanso dos colaboradores, sendo essenciais para a produtividade e operação do negócio.

Ao mesmo tempo, surgem muitas dúvidas na hora de implementar esse planejamento, já que há diversos tipos de escala disponíveis. Para solucionar essa questão, o ideal é conhecer como cada uma funciona para saber qual delas pode se adaptar ao seu negócio.

Quer entender como escolher entre os tipos de escala de trabalho e o que fazer para implementar na sua empresa? Continue a leitura!

Quais os tipos de escala de trabalho disponíveis?

Os tipos de escala de trabalho existem para atender às particularidades de diferentes setores e negócios, definindo os períodos de trabalho e de descanso contínuo. As principais escalas existentes são:

  1. Escala 5×2
  2. Escala 5×1
  3. Escala 6×1
  4. Escala 4×3
  5. Escala 4×2
  6. Escala 12×36
  7. Escala 18×36
  8. Escala 24×48

Confira mais sobre cada uma delas a seguir!

1. Escala 5×2

Uma das escalas de trabalho mais comuns é a escala 5×2. Nesse modelo, o profissional trabalha 5 dias consecutivos e folga 2 dias seguidos — que costumam ser no final de semana.

Dessa forma, a escala atende à regra trabalhista em que ao menos uma das folgas do mês deve cair no domingo. A alternativa é bastante aplicada em diversos setores, principalmente em escritórios, serviços administrativos e alguns tipos de comércio.

Nesse modelo, o mais comum é que a jornada diária seja de 8 horas e 48 minutos, todos os dias. Desse modo, há o atendimento ao limite de 44 horas semanais.

2. Escala 5×1

A escala 5×1 é um pouco parecida com a anterior, sendo que ela prevê 1 dia de descanso para cada 5 dias trabalhados. Nesse caso, é preciso ter atenção extra para garantir que, ao menos uma vez por mês, a folga seja oferecida no domingo.

Também há uma mudança importante na jornada diária, que passa a ser de 7 horas e 20 minutos. Esse modelo é bastante utilizado em segmentos como transporte, alimentação e varejo.

3. Escala 6×1

Já a escala 6×1 é marcada pelo trabalho contínuo ao longo de 6 dias, com 1 dia de descanso. Esse modelo também requer atenção do ponto de vista da jornada diária, para garantir o respeito aos limites da CLT.

Embora a média seja de 7 horas e 20 minutos trabalhados por dia, muitas empresas adotam a jornada de 8 horas por 5 dias e de 4 horas no sexto dia, por exemplo. Esse modelo é usado em diversas atividades, como empresas do comércio, instituições de saúde e indústrias.

4. Escala 4×3

Outra opção entre as escalas de trabalho é o modelo 4×3. Ele prevê que o trabalhador atue por 4 dias e descanse por outros 3 dias consecutivos. Normalmente, esse modelo também prevê uma redução na carga de trabalho, já que a jornada diária costuma ser de 8 horas.

Ela era mais comum em atividades realizadas em áreas remotas, atuação na mineração e em plataformas de petróleo. No entanto, a escala 4×3 tem se tornado mais popular, com diversas empresas testando a redução da jornada sem diminuição do salário para aumentar a produtividade.

Caso a ideia seja se aproximar das 44 horas de carga horária semanal da CLT, é preciso respeitar as regras trabalhistas, incluindo o descanso mínimo entre turnos e o pagamento de horas extras.

5. Escala 4×2

O modelo de escala 4×2 prevê que o trabalhador atue por 4 dias seguintes e tenha 2 dias de folga. A jornada tende a ser maior que as 8 horas previstas pela CLT, sendo necessário pagar as horas extras, adicionais sobre o 13º salário e demais direitos.

Nesse caso, as folgas costumam ser distribuídas entre os dias da semana, sem necessariamente coincidir com o final de semana. Essa alternativa tende a ser usada em setores como hotelaria, logística e produção industrial.

Ainda, o modelo 4×2 é uma escala de trabalho incluída na CLT, mas sua adoção pode ocorrer mediante acordo individual ou coletivo.

6. Escala 12×36

Na escala 12×36, uma das principais diferenças é que os períodos de trabalho e descanso são contados em hora — e não em dias. Então a ideia é que o profissional trabalhe por 12 horas seguidas e descanse por 36 horas.

Ela passou a estar entre as escalas de trabalho permitidas para diversos setores com a reforma trabalhista, desde que haja acordo individual. Seu uso era mais comum no setor de saúde, mas agora ela pode ser aplicada em outras áreas, como supermercados e indústrias.

7. Escala 18×36

Já na escala 18×36, o trabalhador atua por 18 horas seguidas e descansa nas 36 horas seguintes. No entanto, ela não consta na CLT, sendo necessário haver um acordo individual ou coletivo com os profissionais.

Essa é uma modalidade que costuma ser mais utilizada em áreas remotas, com baixa disponibilidade de profissionais e que precisam de atuação contínua. É o caso de serviços de vigilância ou de emergência, por exemplo.

8. Escala 24×48

Por fim, a escala 24×48 prevê uma atuação por 24 horas consecutivas, com descanso nas 48 horas seguintes. Ela também não está prevista na CLT, sendo necessário verificar a convenção coletiva ou realizar acordo individual.

Devido à sua natureza, ela é mais utilizada com trabalhadores de áreas como saúde, resgate e emergência em geral.

Como escolher entre as escalas de trabalho?

Como os tipos de escala de trabalho são bem diferentes entre si, é preciso avaliar o que se encaixa melhor no seu negócio para escolher a opção ideal. Confira dicas essenciais para acertar!

Compreenda a demanda operacional

Comece fazendo uma análise para entender qual é a demanda operacional e quais são os períodos de pico. Se você tem um e-commerce que apresenta alta demanda, pode ser necessário ter uma cobertura maior de funcionários em cada turno. 

Em outros momentos, essa demanda pode ser menor, permitindo uma escala mais convencional e com menos cobertura. Por isso, vale a pena analisar como o negócio opera para entender qual escala é a ideal para o momento.

Analise o tamanho da equipe

O número de colaboradores também influencia na escolha entre as escalas de trabalho, sabia? Em equipes menores, um modelo de 4×3 pode não funcionar tão bem, já que não haverá pessoas suficientes para cobrir diferentes períodos, por exemplo.

Por outro lado, uma equipe um pouco maior pode se beneficiar de revezamentos mais complexos, garantindo uma cobertura ampla sem precisar de novas contratações.

Conheça as regras trabalhistas

Também é fundamental conhecer as regras da CLT, o que inclui a carga horária semanal permitida, as escalas vigentes e a necessidade de acordos coletivos ou individuais. Como você viu, a escala 12×36 passou a estar disponível com a reforma trabalhista, mas é preciso haver acordo entre as partes.

Ter cuidado com o que diz a CLT é fundamental para evitar problemas futuros, como ações trabalhistas. A atenção com a legislação também ajuda a manter uma imagem positiva do seu negócio, que será visto como um bom empregador.

Converse com a equipe

Para diminuir os riscos de atritos, converse com a outra parte interessada na escala: os funcionários. Ouça quais são as preferências deles e quais são os receios que eles têm com determinadas escalas.

Com esse feedback, será mais fácil saber o que deve ser implementado e o que pode não funcionar tão bem no negócio. Esse também é um momento para debater as possibilidades, apresentar propostas de testes e fazer ajustes, se for necessário.

Como fazer escala de trabalho?

Escolheu a opção ideal entre os tipos de escala de trabalho? Ótimo, agora é o momento de definir como organizar os colaboradores e montar a escala de atuação do time. Assim, é possível garantir a realização das operações e o cumprimento das regras trabalhistas.

A seguir, veja como fazer escala de trabalho!

Calcule a carga horária corretamente

Para montar a escala de trabalho, é fundamental ficar atento ao calcular a carga horária semanal e diária prevista pela CLT. Em geral, há o limite de 44 horas semanais e de 8 horas diárias. Mais que isso, é necessário pagar horas extras e até adicionais, como o noturno. Logo, planeje com cuidado para não prejudicar a parte financeira, por exemplo.

Distribua os turnos

Após selecionar a escala de trabalho e definir a carga horária adequada, é o momento de distribuir os turnos. Dê atenção especial ao equilíbrio da carga de trabalho, evitando que poucos profissionais tenham turnos desiguais em relação a outros.

Cuide da distribuição das folgas

Em escalas de trabalho diferentes de modelos como a 5×2 e a 6×1, é essencial ter atenção extra com as folgas. No planejamento, distribua os períodos de descanso entre diferentes dias da semana e diversifique entre os funcionários — sem se esquecer da obrigação de dar ao menos uma folga no domingo.

Comunique a escala com antecedência

Dependendo da necessidade do negócio, é possível ajustar e mudar a escala. Porém, por lei, é necessário comunicar os colaboradores com a maior antecedência possível. Faça esse informe de modo claro e tire as dúvidas que surgirem, pois isso permitirá que as pessoas se preparem para turnos diferentes.

Revise e ajuste

Já que as escalas de trabalho podem ser modificadas conforme o necessário, faça um monitoramento contínuo e revise a distribuição dos turnos conforme o necessário. Com os ajustes adequados, é possível encontrar a configuração ideal para o seu negócio.

Ao longo deste artigo, você conferiu 8 escalas de trabalho existentes e viu como elas funcionam. Considerando as características delas, as regras trabalhistas e a operação do seu negócio, é possível selecionar a alternativa ideal para a sua empresa.

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