O fim do boleto sem registro é assunto desde 2015, quando a Febraban, Federação Brasileira de Bancos, anunciou a Nova Plataforma de Cobranças, com a ideia de trazer mais segurança para os pagamentos em boletos bancários.
O que era somente conversa, hoje se tornou realidade: o boleto sem registro foi instinto, e fazer o registro do documento é a única opção dos comerciantes.
Para te ajudar a entender por que essa mudança aconteceu e seus benefícios, preparamos esse conteúdo. Continue lendo e fique por dentro de tudo sobre esse assunto!
O que você verá no artigo:
O que é um boleto sem registro?
O boleto sem registro é um documento para pagamento que não está associado a nenhuma instituição financeira. Isso significa que a empresa que emite o boleto terá total responsabilidade por ele.
Por não ser registrado, não há a necessidade de especificar o valor da transação, data de vencimento, nem os dados do emissor e pagador.
Esse tipo de cobrança costumava ser mais fácil para emitir se comparado ao boleto registrado, além de gerar menos custos.
No entanto, ele não é mais permitido no Brasil, por isso, a única opção para o comerciante é fazer o registro do documento antes de enviá-lo ao cliente.
Essa medida foi adotada para oferecer mais segurança para as transações e evitar fraudes, que infelizmente são comuns nos pagamentos via boleto.
Boleto com registro e sem registro: quais as diferenças?
A principal diferença entre os dois tipos de documento é justamente a disponibilidade — sendo que a única opção disponível atualmente é o boleto registrado.
Além disso, por ter esse vínculo com as instituições financeiras, o boleto registrado se torna um documento oficial, e permite o protesto do pagamento em caso de inadimplência.
Outro aspecto que diferencia o boleto sem registro do modelo registrado são os dados fornecidos.
No documento que será registrado, é necessário informar o nome do emissor e de quem irá pagar, o CPF ou CNPJ, endereço, etc. Diferente do sem registro, que não exigia muitos dados.
Contar com essas informações é muito interessante, pois permite o rastreio e a comprovação da autenticidade do documento. Além de garantir confiança no processo de boletos.
Por que os lojistas adoravam o boleto sem registro?
Isso é simples: os boletos sem registros ofereciam algumas vantagens para as empresas que faziam a emissão.
O valor da taxa era interessante para as empresas, já que só existia uma taxa referente à quitação do boleto. E se o cliente não efetuasse o pagamento, não era cobrada nenhuma taxa, poupando gastos.
Além disso, quando era preciso alterar a data, a empresa e o cliente podiam alterar o prazo de pagamento sem que o banco tivesse que autorizar a mudança.
Diferente do boleto registrado, que necessita atualização dos dados para fazer a impressão de segunda via.
Mas, nem tudo era ouro:
Existiam desvantagens na emissão de boleto sem registro, como:
- Cerca de 30 a 50% dos boletos emitidos nas lojas virtuais não eram pagos. Os clientes utilizavam o tempo de vencimento para pensar melhor e desistir da compra.
- Quantidade grande de emissão de boletos sem registro acarretava sérios problemas de estoque.
- As famosas fraudes: como não havia registro em sistema bancário, não tinha como conferir documento, o que causava grandes problemas de fraudes.
Por essa razão, a Febraban, por meio do projeto Nova Plataforma de Cobrança — com o apoio das instituições financeiras do país — estabeleceu a extinção do boleto sem registro.
E quais são as vantagens do boleto com registro?
O registro do boleto foi desenvolvido para garantir mais segurança, permitindo que as operações financeiras realizadas desta forma sejam rastreáveis.
Assim, quando o boleto é lançado, um arquivo digital com todos os dados do pagador é encaminhado para o banco em que o valor será abatido.
Dessa forma, a transação de compra e venda fica registrada em um documento oficial. Entre os benefícios que esse controle oferece estão:
- Diminuição dos boletos falsos;
- Viabilidade de protesto em cartório do consumidor inadimplente;
- Maior facilidade para a empresa identificar pagamentos.
O que mudou com o fim do boleto sem registro?
De maneira geral, o processo de emissão de boletos se tornou um pouco mais trabalhoso. A empresa que realiza a emissão precisa efetuar o registro do documento antes que o consumidor finalize o pagamento.
Os dados cadastrais do pagador da compra precisam estar preenchidos corretamente e na íntegra. É responsabilidade do vendedor coletar essas informações.
Após preenchê-las, o boleto pode ser enviado ao banco por arquivo de remessa. Será permitido efetuar o pagamento em qualquer agência bancária mesmo quando o documento estiver com o prazo vencido.
Com a nova prática, também é preciso ficar atento aos seguintes pontos:
- existe a possibilidade do banco aplicar taxas extras nas operações com boleto;
- estornos serão realizados automaticamente em caso de informações erradas;
- qualquer alteração no boleto precisa ser registrada no banco, por meio de um arquivo de remessa.
Leia também: Vazamento de dados e privacidade: os riscos e como se prevenir
Ainda é possível gerar boleto sem registro?
Não! O boleto com registo passou a ser obrigatório em 2018, no mesmo ano do fim do boleto sem registro, que não é mais emitido. Dessa forma, não é possível usar o boleto simples nas transações financeiras de uma empresa, nem mesmo um e-commerce.
Apesar de ter se tornado um processo mais complexo, a medida aumentou a segurança para os comerciantes e para os clientes. Portanto, não há porque buscar por formas de emitir o documento sem o registro.
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