Você sabe como melhorar o capital de giro e entende a importância de fazer isso? 

Não? 

Então responda uma coisa: você já se perguntou por que, ao chegar no final do mês, você teve um bom faturamento, mas não viu a cor do dinheiro na sua conta? 

Se isso já aconteceu com você, e pior, se acontece com frequência, é porque precisa  dominar algumas ações que aumentam o capital de giro.

Afinal, quando esse tipo de situação passa a acontecer  frequentemente, é porque há um problema de capital de giro na sua empresa.

Capital de giro, o que preciso saber?

O capital de giro é a quantidade de recursos financeiros que você precisa para manter a empresa funcionando. Ele pode ser entendido como um fundo de reserva que é usado para pagamentos do dia a dia do negócio como: custos com fornecedor, reposição de estoque, salários, impostos, comissões e mais.

Como você pode ver, ele é bem importante! Entretanto, boa parte das empresas no Brasil sofre por falta dele. Por trás disso há diversos motivos, porém existem dois motivos principais: a falta de capacitação financeira e o descontrole em relação a  quanto de capital de giro a empresa precisa para “rodar”.

Para começar, você precisa saber que o capital de giro é um indicador que direciona operações diárias da sua empresa.

E, assim como seu faturamento, ele flutua à medida que seu negócio aumenta ou diminui as vendas. 

Entretanto, existe uma outra variável que atua aqui: os gastos do negócio.

Logo, quanto mais despesas a organização possui, mais capital de giro ela vai demandar. Ou seja, mais dinheiro ela vai precisar para pagar essas contas. 

 Como aumentar o capital de giro? Aprenda o cálculo

O primeiro passo para calcular o capital de giro é considerar os atributos principais dessa matemática:

● prazo médio de pagamento ao fornecedor;
● dias médios de estoque do produto ou giro de estoque;
● prazo médio de recebimento do cliente.

Vamos ilustrar com uma situação hipotética usando a calculadora de capital de giro. Digamos que você venda um produto que custe para você R$28,00 e você o venda a R$50,00.

● Prazo médio de Pagamento ao Fornecedor = 5 dias;
● Dias médios de Estoque do Produto ou Giro de Estoque = 3 dias;
● Prazo médio de recebimento do Cliente = 15 dias;

Nesse caso seu capital de giro unitário é de -R$23,13. O que isso significa? Toda vez que você vende uma unidade deste produto, deve provisionar R$23,13 no caixa da sua empresa para compor o capital de giro do negócio.

Leia também: Gestão financeira: 6 fatores que desequilibram o fluxo de caixa

Contudo, suponha, que no exemplo acima, você negocie um aumento do prazo de pagamento ao seu fornecedor de 5 dias, para 15 dias.

Só de fazer esta mudança, você reduz o capital de giro para -R$13,08, um total de 43% de redução do capital de giro necessário deste produto.

Perceba, então, como boas práticas podem melhorar o capital de giro. É sobre elas que falaremos a seguir!

Como melhorar o capital de giro: 8 ações práticas

Na lista de como aumentar o capital de giro da empresa estão:

  1. Compre menos à vista 
  2. Trabalhe no limite do estoque
  3. Considere o estoque sob demanda
  4. Forneça promoções no pagamento à vista
  5. Estude sobre a antecipação de recebíveis
  6. Considere empréstimos
  7. Monitore indicadores 
  8. Use a tecnologia para aumentar a produtividade

#1 Compre menos à vista e negocie parcelamento com seus fornecedores

Como você viu no exemplo que compartilhamos acima, o prazo para pagar o seu fornecedor é um elemento essencial na busca por aumentar o capital de giro e diminuir a sua necessidade. 

Todo empresário(a) é um bom negociador, quando o assunto é comprar barato então, cometemos diversas atrocidades no ponto de vista financeiro para conseguir o melhor preço.

O problema é que quando compramos no pagamento à vista, além de conseguirmos bons descontos, em boa parte das vezes, também conseguimos um grande montante de estoque e capital imobilizado que sai de nossa conta para ficar na mão de nosso fornecedor.

Contudo, atenção, porque negociar prazos é sempre muito importante, pois permite que o dinheiro fique na sua conta, fazendo com que você foque em fazer vendas, e possa utilizar os recursos de seus clientes para arcar com os compromissos com seu fornecedor, por exemplo. Esse é o melhor dos mundos para quem está em busca de  reduzir a necessidade de capital de giro.

capital de giro

#2 Trabalhe sempre no limite da ruptura de estoque

Quase que uma consequência automática de quem compra à vista ou em grande volume para negociar bons preços, o estoque inflado é uma epidemia na vida do empresário.

Ter um estoque grande significa que você tem muito dinheiro imobilizado, ou seja, parado!

Isso significa que se você não vender esses produtos,  eles não vão te ajudar a pagar as contas da empresa.

Resumindo, se você tem um mega estoque, e não consegue fazer essas vendas a tempo de pagar seu fornecedor, o resultado é catastrófico.

Por isso, o caminho correto é buscar trabalhar com o limite de estoque logo acima de sua ruptura, ou seja, do fim dos produtos.

Além de ser uma boa logística de estoque, pedir pouco, de forma que você mantenha dinheiro no seu bolso, livre para usar em outras oportunidades, como por exemplo:

  • testar novas mercadorias;
  • compor alguma falta de caixa;
  • investir em outros modelos/canais que gerem rentabilidade.

Inclusive fizemos um webinar exclusivamente para falar dessas dicas. Dá uma olhada:

webinar de capital de giro

#3 Considere o estoque sob demanda

Ainda falando sobre como aumentar o capital de giro a partir do controle de estoque, chegamos ao modelo sob demanda.

Sim. Trabalhar estoque sob demanda é uma opção interessante para que você não precise de tanto capital de giro.

Essa lógica parte do fato de que: quanto mais tempo seu produto fica em estoque, maior é seu capital imobilizado. Faz sentido né? Você gastou para ter um produto e ainda não vendeu. 

Há empresas que já estão buscando distribuidoras com dropshipping. Ou seja, você não precisa ter estoque. Uma vez que você tem demanda, um ticket é enviado para elas e enviado para seu cliente.

Ficou curioso? Então, leia mais em: Dropshipping: tudo sobre! Prós e contras, dicas e estratégias

Mas não se engane. Não ter estoque não significa que você não tem necessidade de capital de giro. 

#4 Forneça sempre promoções atrativas no pagamento à vista

Como vimos até aqui, uma das suas responsabilidades para melhorar o capital de giro da empresa, é garantir que o dinheiro entre no seu bolso antes que você tenha que pagar seu fornecedor, correto?

Dessa forma, temos que incentivar nosso cliente a sempre optar por nos remunerar o mais breve possível. 

Se eu tenho a opção de comprar parcelado em 3x, como cliente, todavia recebo um desconto de 25% em um produto para a compra à vista, já me sinto compelido a pagar.

Aí você se pergunta: “Mas como isso é uma boa venda? Perdi 25% do preço final do produto só pra ele me pagar no dinheiro?”

A resposta é, toda venda que fazemos nos gera MARGEM DE LUCRO e NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO

Em alguns casos, a venda feita à vista, pode sim reduzir nosso lucro, também nos ajudará a absorver a necessidade de capital de giro do negócio, uma vez que aquela receita estará em caixa.

Às vezes, o custo de cartão de crédito, e os 30 dias para receber a primeira parcela, acabarão por ser mais maléficos do que dar 25% de desconto na venda de um produto.

Claro, antes de dar qualquer desconto, é muito importante saber sua margem de contribuição naquele produto/serviço. De forma que você não esteja pagando para vender!

#5 Estude a viabilidade de trabalhar antecipação de recebíveis

Uma vez que faço vendas no cartão, para certos produtos, é possível trabalhar taxas e negociações para anteciparmos o recebível.

Às vezes, sacrificar um pouco de nossa margem é um passo fundamental para garantirmos que nossa empresa tenha caixa.

Para tal, entre em contato com todos seus métodos de pagamento e negocie boas taxas – cruzando isso com a visão de margens de sua empresa/produtos, será fácil saber quais são as vendas que podemos criar mecanismos de parcelamento a nosso cliente final, de forma a incentivar a compra – ao mesmo tempo, também gerando caixa. Mesmo que perdendo um pouco de margem.

#6 Considere opções de empréstimo

Sim, algumas linhas de empréstimo são voltadas para ajudar o empreendedor a conseguir capital de giro para manter suas obrigações. 

Essa pode ser uma boa alternativa para você, desde que se planeje para solicitar o aporte financeiro externo.

Um dos cuidados que você deve ter é realizar análises do fluxo de caixa, observar o quanto ele pode absorver de despesas para pagar o empréstimo e mais. 

Para entender detalhadamente como essa opção funciona, quais os cuidados você deve ter e quais as opções do mercado, indicamos que leia o artigo, Empréstimo para capital de giro para MEI: 3 opções para solicitar”. 

#7 Monitore seus indicadores semanalmente

De nada adianta aplicar todas as estratégias e construir escadas para sair do buraco, se você não sabe quão fundo é o seu problema.

É muito importante que você acompanhe seus indicadores financeiros como:

  • capital de giro;
  • margem de contribuição;
  • lucratividade da empresa.

Essas informações vão permitir que você entenda o que realmente importa para sua empresa. Direcionado à tomada de decisões assertivas. 

#8 Use a tecnologia para aumentar a produtividade

Não adianta. Você tem duas opções, ou você faz no papel ou usa um software para controlar seus produtos, fluxo de caixa e contas.

Qual a diferença entre os dois? Tempo.

Você, eu espero, dá bastante valor ao seu tempo. Horas de trabalho são necessárias para controlar as finanças e gerir estoque, dois aspectos essenciais para quem busca melhorar o capital de giro, não é mesmo? 

E para fazer isso,  recomendamos o Bling , um sistema que descomplica a sua gestão, integrando várias áreas da empresa, como vendas, estoque e compras, e permite apurar seu capital de giro corretamente.

Com ele você analisa a necessidade de capital de giro automaticamente tanto unitariamente para seus produtos, quanto para seu negócio como todo de forma a evitar erros humanos, ganho em produtividade e assertividade;

Como evitar a lucratividade incorreta e capital de giro furado

Ainda na temática sobre como melhorar o capital de giro , é hora de entender um pouco mais sobre a relação entre esse conceito e lucratividade.

Brincadeiras à parte, muitos negócios se veem perdidos, tanto pela falta de capital, quanto pela falta de lucro em suas vendas e isso se dá justamente pelos erros cometidos no processo de preços da empresa.

No fim das contas, temos dois possíveis grandes problemas que podem acontecer com seu negócio:

  • Lucratividade Incorreta;
  • Capital de Giro furado.

Entenda cada um deles. 

Lucratividade Incorreta

Se você precifica simplesmente pegando o produto que você compra e aplicando um fator de multiplicação em cima, sem ter controle de suas margens, talvez esse seja seu problema.

Muitos empresários acabam acreditando que comprar um produto a R$100 e vendê-lo a R$200 significa lucro de 100%. Isso não é verdade.

Existem:

  • custos de mercadoria;
  • impostos;
  • taxas de comissão para vendedores, marketplaces;
  • taxas de cartões de crédito.

Esses valores comem sua margem e prendem seu lucro. Não possuir controle sobre estes itens pode fazer com que você tenha a falsa ilusão de que seu faturamento te gera riqueza, quando na realidade pode te gerar muito prejuízo.

Em mais de 10.000 empresas avaliadas, pelo Preço Certo, descobrimos que 89% destas precificam com a lucratividade errada de seus produtos e possuem um volume médio de 16% de todo seu faturamento com vendas realizadas no prejuízo. Isso mesmo, vendas em que o empreendedor paga para vender.

Para evitar, baixe nossa planilha e dê uma olhada em como dominar seus preços:

como melhorar o capital de giro

Capital de Giro furado

Como citamos ao longo deste artigo, muitos lojistas inclusive acabam por optar por comprar à vista para ter um grande desconto com fornecedor, ou compram em grande volume, o que faz seu estoque crescer – ou até mesmo parcelam seu recebimento em 10x, 12x para se tornar mais competitivo.

Todas essas ações são muito boas para o negócio, quando mensuradas.

Realizar este passo sem ter completo controle de seu capital de giro pode fazer com que sua empresa entre diretamente para a estatística de mortalidade de empresas, onde 3 a cada 5 empresas morrerá esse ano pela falta de caixa.

O capital de giro é o sangue que corre nas veias da empresa, é o volume de dinheiro que usamos para repor estoques e honrar compromissos financeiros, por exemplo. Um indicador que fica cada vez maior à medida que vendemos mais.

Ou seja, fature R$1.000 seu capital será X, fature R$10.000, seu capital de giro será 10X.

Você está preparado pra isso?

O pior é que à medida que o capital de giro cresce, ele passa a consumir do próprio lucro da empresa, quando há falta de caixa, para que você honre com seus compromissos.

Dessa forma, o ciclo torna-se predatório onde a sua empresa começa a matar ela mesma.

Precificar corretamente é extremamente importante. Tomar controle dos seus indicadores financeiros também. Essa é a única forma de garantir que seu negócio tenha crescimento sustentável e problemas como estes não se repitam.

Conheça a plataforma do Preço Certo, parceira do Bling, software de gestão focado em formar preços e analisar indicadores financeiros.

Aproveite para começar a usar o Bling e fazer um teste gratuito. Descubra tudo o que podemos fazer por seu negócio! 

No vídeo abaixo explicamos o que fazemos e como podemos te ajudar a alavancar seus resultados. Conheça e comece hoje mesmo. 


Artigo escrito por nosso parceiro, Preço Certo e atualizado pelo Bling.