A pandemia do novo coronavírus foi responsável por mudar comportamentos diversos de toda a humanidade. Costumes que ninguém esperava ter precisaram ser adotados, enquanto outros passaram por uma aceleração de transformações já previstas.

Um dos exemplos mais notáveis é o boom do e-commerce, que levou para a internet a compra de itens, antes, tradicionalmente adquiridos em lojas físicas. Entretanto, se os clientes, ainda que de forma compulsória, tiveram que mudar seus hábitos, não foi diferente para as empresas. No tsunami do e-commerce, mais que não ser engolido pela onda, foi necessário aprender a surfar.

Sobre o mercado

Segundo o Sebrae-RS, cerca de 70% dos e-commerces encerram suas operações antes dos 18 meses de vida. O índice é mais alto até que o de crescimento, que, em 2020, foi de 41%. “E ainda há uma perspectiva de crescimento de mais de 25% para 2021. Então, é preciso pensar em preparação, porque muitas empresas acabam investindo e entrando nesse ambiente naquela tentativa de acerto e erro”, diz a gestora de projetos do Sebrae-RS Aliana Maciel.

O movimento envolvendo o e-commerce, no entanto, não atingiu apenas aqueles que precisaram se digitalizar em função da maior demanda online.  Quem já estava no ambiente também precisou se atualizar e aperfeiçoar, isso porque a concorrência se intensificou.

“Sempre dizemos que, quando se decide abrir uma loja física, a escolha do ponto é essencial, porque aquele espaço precisa atrair atenção. Na internet, os critérios são outros, porque você pode ter a página mais bonita e mais estruturada, mas o concorrente está ali, a um clique de distância. É preciso ser atrativo e também conseguir converter. Não são coisas que fazemos de uma só vez, é preciso estar sempre realimentando”, explica a especialista.

Aliana Maciel, gestora de projetos do Sebrae-RS

Os dois grandes medidores do êxito no e-commerce, Aliana pontua, são o tráfego (quantidade de pessoas que chegaram até a loja online e circulam por ela) e, sobretudo, a conversão (quantas dessas pessoas efetivamente fecham a compra no ambiente). A estratégia por trás do sucesso nestes dois indicadores depende do segmento em que o negócio atua.

E-commerce é para todas as empresas?

Segundo a especialista do Sebrae-RS, o e-commerce é para todos, mas nem tudo funciona para todos. “Uma empresa de refrigeração, por exemplo, não pode adotar a mesma estratégia de uma de vestuário. Em alguns casos, vamos ter que trabalhar mais estratégias de redes sociais, de abordagem e sensibilização para atrair para o site. Em outras, o foco vai ser mais institucional, com ênfase no Google AdWords, para posicionar aquela empresa nas buscas. As estratégias mais genéricas podem ser boas dicas, mas o sucesso vai sair da particularidade”, alerta Aliana.

Outro ponto de consenso, mesmo para aquelas empresas que ofertam produtos que demandam um processo de venda mais elaborado e complexo, é a presença digital. Para Aliana, estar nesse ambiente, hoje, é como fazer uso dos cartões de visita, comuns no passado. Ela ressalta que nem toda a venda se dará no ambiente online, mas estar posicionado é importante. Afinal, muitas vezes, o ambiente digital será o primeiro passo deste processo que, dependendo do produto negociado, vai terminar na loja física ou em outro ponto de venda.

A presença também é fator importante no desafio de conquistar clientes que ainda são resistentes às compras online.

“Mesmo quem não tem o hábito de comprar no digital costuma estar sendo instigado o tempo inteiro. Se ele tem uma conta no Instagram e em outras redes sociais, ele vai estar lá olhando seus amigos e vai passar por uma propaganda de algum produto relacionado. Esse é o primeiro passo”, diz.

Aliana Maciel, gestora de projetos do Sebrae-RS

A busca pela experiência pessoal de compra, aliás, é o que sustenta a importância de as empresas seguirem preocupadas com o ponto físico de venda.

“Os produtos para a venda vão estar nos dois ambientes. Então, do ponto de vista da experiência in loco, é preciso pensar em como fazer o cliente sair de casa e percorrer aquela distância. Para isso, é preciso que a loja física seja cada vez mais atrativa. Enquanto no digital deve-se pensar em proporcionar conforto ao cliente, já que a compra está a um clique do dedo dele. O importante é saber que há consumidores para os dois lados.”

Projeto de Consultoria para auxiliar PMEs

Focado em empreendedores individuais, micro e pequenas empresas, o Sebrae-RS lançou o projeto E-commerce Primeiros Passos. Baseado em um método para que as chances do negócio falhar diminuam, o objetivo é preparar as empresas para que se apresentem de forma adequada no digital, sem esquecer nenhum passo importante no processo. 

O projeto tem início em julho de 2021 e duração de seis meses. Durante esse período, um diagnóstico irá embasar o melhor plano de ação para os participantes, que após, receberão consultorias individuais sobre o tema e estratégias específicas para o caso que apresentarem.

O investimento é de seis parcelas de R$315,00 no boleto ou cartão. Os clientes Bling podem fazer a inscrição até o dia 06 de agosto de 2021 por e-mail ([email protected]) ou pelo WhatsApp (51 997129073). Mas atenção, lembre-se de identificar que você é usuário do Bling 🙂

Aproveite!