Quando uma pessoa pensa em abrir uma empresa, a primeira pergunta que muitos fazem é: “qual o diferencial do seu negócio?”. Em outras palavras, aquilo que se pretende oferecer e os concorrentes não fazem — os famosos diferenciais competitivos.
Apesar de ser uma questão complexa, todo empreendedor precisa saber essa informação a fim de encontrar oportunidades para fazer seu negócio crescer.
No entanto, de nada adianta se basear no achismo, sem fazer um levantamento que ajude, de fato, a analisar seu negócio de modo estratégico.
Felizmente, existem diversas ferramentas que podem facilitar esse processo de encontrar os diferenciais da sua empresa e entender o espaço que ela pode ocupar no mercado.
Entre elas, está a análise SWOT, um dos métodos mais populares para tirar projetos do papel e ter mais chances de sucesso.
Quer aprender o que é e como fazer? Então, continue acompanhando este guia até o final para conferir o passo a passo e, ainda, ver exemplos de análises SWOT. Vamos lá!
O que você verá no artigo:
Afinal, o que é análise FOFA ou SWOT?
A análise SWOT é uma ferramenta de planejamento estratégico que proporciona um diagnóstico completo da situação da empresa e do mercado em que ela está inserida. Ou seja, é uma análise dos ambientes interno e externo.
O acrônimo SWOT significa Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças). Por isso, muitas pessoas a chamam de análise FOFA, em português.
De maneira resumida, a ferramenta ajuda a determinar as forças e fraquezas do ambiente interno (da própria empresa) e as oportunidades e ameaças do ambiente externo.
Dessa forma, o empreendedor pode avaliar os cenários e tomar as melhores decisões para colocar um novo projeto/negócio no mundo.
Basicamente, essa análise é um método que contribui para a gestão estratégica de uma empresa.
Para que serve a análise SWOT?
De forma resumida, a análise FOFA ou SWOT é uma ferramenta que ajuda o empreendedor a ter um panorama completo dos diferenciais do seu negócio e das oportunidades de mercado que ele pode aproveitar.
Em paralelo, ele descobre os pontos negativos que podem interferir no sucesso do seu projeto (e pode se planejar para lidar com eles).
Ter essa visão macro do negócio é o principal benefício de utilizar o método, pois a clareza obtida com a análise pode contribuir para:
- desenvolver melhores estratégias;
- potencializar seus pontos fortes;
- diminuir as fraquezas do negócio;
- minimizar as ameaças.
Elementos da análise SWOT
Antes de falar sobre como fazer a análise SWOT e preenchê-la corretamente, você precisa conhecer os elementos que fazem parte da ferramenta.
Ambiente interno
O ambiente interno é tudo aquilo que está sob controle da empresa ou do empreendedor e que pode ser modificado por ela.
Aqui, podemos englobar alguns fatores, como a capacidade intelectual, as tecnologias que são usadas, a cultura da empresa, as ações de marketing e divulgação, entre outras.
Também é no ambiente interno que se avaliam alguns pontos do negócio: localização, tempo de mercado, se já tem uma reputação, recursos financeiros, se tem uma equipe, gestão, capacidade de operação/produção, atendimento e afins.
Dentro do ambiente interno, existem dois quadrantes: o de Forças e o de Fraquezas. De tudo que citamos acima, o que é positivo entra como força. Já o que é ruim, negativo, entra como fraqueza.
Forças
O que em seu ambiente interno possui vantagem sobre os concorrentes? São esses fatores que vão determinar as forças do seu negócio. Pode ser uma localização privilegiada, uma marca com fabricação própria e assim por diante.
Fraquezas
As fraquezas são aqueles processos internos da empresa que trazem desvantagens se comparados aos concorrentes. Pode ser um frete elevado ou tempo de entrega maior, por exemplo.
É sempre bom analisar com cuidado todos os seus concorrentes para que sua avaliação seja a mais precisa possível.
Ambiente externo
Já no ambiente externo, analisa-se tudo o que não depende da empresa/empreendedor e que não pode ser controlado por sua gestão empresarial.
Aqui, entram questões relacionadas à política, economia, legislação, concorrência e afins.
É importante salientar que o ambiente externo envolve o microambiente, que é seu nicho de atuação, e o macroambiente, que são os aspectos de maior abrangência.
No microambiente entram os clientes, os fornecedores, os concorrentes, entre outros fatores que estão diretamente relacionados à empresa. Para cada um, são analisadas as ameaças e oportunidades.
Já no macroambiente entram a lei, os governantes e as políticas ideológicas, o crescimento da população, as novas tecnologias, a escassez de matéria-prima e medidas que afetam o mercado como um todo.
Ameaças
Tudo o que pode trazer problemas para a empresa e que seja desfavorável ao seu crescimento é uma ameaça. Principalmente o que não pode ser diretamente evitado por você!
Uma crise econômica no país, por exemplo, acarreta uma série de ameaças e pode prejudicar seu negócio. Outro exemplo seria o preço do combustível para quem utiliza automóvel, por exemplo.
Em resumo, as ameaças são os problemas externos que podem afetar o ambiente interno.
Oportunidades
Para colocar as oportunidades em sua análise SWOT, observe o cenário externo e veja o que pode ser favorável para o negócio.
Para quem tem ou planeja abrir um e-commerce, por exemplo, a Black Friday é uma grande oportunidade de elevar o lucro.
Como fazer análise SWOT?
Para montar uma análise SWOT, é preciso seguir alguns passos:
- faça um brainstorm;
- analise os fatores internos;
- analise os fatores externos;
- monte a matriz;
- coloque as estratégias em prática.
Veja mais detalhes da matriz SWOT!
1. Faça um brainstorm
Você já ouviu falar em brainstorm? Em tradução livre, esse termo significa
chuva de ideias e indica o levantamento de insights e percepções.
Se você tem um sócio em seu negócio, chame-o para participar dessa etapa. Caso não, você consegue fazer sozinho.
A ideia aqui é pensar e discutir sobre os pontos que fazem parte da análise SWOT de uma empresa.
Essa é a etapa de levar possíveis forças, fraquezas, ameaças e oportunidades, para que você possa aprofundar a análise posteriormente.
2. Analise os fatores internos
Agora que você já tem as principais percepções em mãos, é hora de ir mais fundo na análise: por que determinado aspecto é considerado uma força ou uma fraqueza?
Vale lembrar que, nesse ponto, estamos falando de fatores internos, os aspectos da empresa que você pode controlar/mudar/melhorar.
Por exemplo: se uma força da sua empresa é a entrega rápida dos pedidos, tente ir além e pense no motivo pelo qual consegue oferecer essa vantagem aos seus clientes. É uma integração que você usa e facilita o processo? São parcerias com plataformas/empresas de envio que tornam o processo mais rápido?
Essa análise detalhada vai te ajudar a enxergar os diferenciais de mercado do seu negócio.
Lembrando que o mesmo deve ser feito com os aspectos negativos, as fraquezas do seu negócio — e que você precisa ser realista.
Não deixe que o otimismo e a confiança em sua ideia te impeçam de ver os pontos que precisam ser melhorados. Afinal, toda empresa sempre tem processos para refinar/adaptar!
3. Analise os fatores externos
Nesse passo, o processo é quase idêntico ao anterior, a única diferença é que o foco agora são os fatores externos, aqueles que impactam o negócio, mas fogem do seu controle.
É importante ser bastante criterioso ao analisar o ambiente externo. Afinal, nem todos os aspectos vão, de fato, interferir na sua empresa. Foque apenas naquilo que pode de alguma forma causar benefícios ou danos para seu negócio.
Trata-se de uma etapa crucial para o crescimento do seu empreendimento, pois a análise pode te ajudar a identificar oportunidades de mercado que ainda não foram aproveitadas, além de ameaças que podem colocar o negócio em risco.
No entanto, como você já está atento a esses aspectos, pode trabalhar para minimizar os riscos e impactos.
4. Monte a matriz
Com esse levantamento em mãos, agora, sim, é hora de dispor cada informação em seu respectivo lugar, dentro da matriz da análise SWOT.
Essa é uma ferramenta visual de planejamento estratégico, então, é preciso fazer o quadro para tornar sua análise mais clara e fácil de compreender.
Abaixo, veja como você deve preencher a matriz:
Ambiente interno | Forças | Fraquezas |
Ambiente externo | Oportunidades | Ameaças |
5. Coloque as estratégias em prática
A análise SWOT ajuda a analisar a viabilidade de um negócio, projeto, produto ou serviço. Depois de preenchê-la, não deixe de analisar a matriz completa para ver se sua ideia é boa e está pronta para sair do papel.
Se sim, é hora de partir para as estratégias que você vai colocar em prática para abrir o negócio ou investir em seu crescimento.
A dica é pegar as informações que você colocou na matriz e traçar planos para:
- potencializar as forças (pontos positivos);
- criar um plano de ação para controlar ou corrigir as fraquezas;
- verificar oportunidades do mercado e traçar estratégias para aproveitá-las;
- criar planos para gerenciar possíveis crises provocadas pelas ameaças do mercado.
Análise SWOT cruzada: o que é?
Após fazer a análise SWOT da sua empresa, você pode dar um passo além e aprofundar seu planejamento estratégico com a análise cruzada.
Esse tipo de análise consiste no cruzamento dos pontos que foram definidos na análise SWOT tradicional.
No modelo cruzado, os aspectos positivos (Forças e Oportunidades) e negativos (Fraquezas e Ameaças) são relacionados entre si de modo a aumentar ainda mais os insights.
Em vez de ter apenas os quadros Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças, na versão cruzada, também há os quadrantes:
- Força-Oportunidade
- Força-Ameaça
- Fraqueza-Oportunidade
- Fraqueza-Ameaça
Essas interseções permitem que o empreendedor vá mais fundo em suas análises e trace estratégias ainda mais completas, respondendo questões como as listadas abaixo.
- Força-Oportunidade: quais pontos fortes da empresa podem ser potencializados para maximizar as oportunidades identificadas?
- Força-Ameaça: quais pontos fortes da empresa podem ser potencializados para minimizar o impacto das ameaças?
- Fraqueza-Oportunidade: quais pontos fracos podem ser corrigidos para aproveitar as oportunidades levantadas?
- Fraqueza-Ameaça: quais pontos fracos podem ser corrigidos para minimizar o efeito das ameaças?
Essa “evolução” da matriz SWOT pode ser muito útil para transformar os pontos negativos em vantagens para o negócio, em vez de apenas identificá-los e não fazer nada com essa informação.
Exemplo de análise SWOT
Agora você já está pronto para fazer a análise FOFA de um negócio, não é? Para tornar esse conteúdo ainda mais didático e claro, que tal conferir alguns exemplos de como essa ferramenta poderia ser usada, na prática?
Abaixo, veja dois exemplos de matrizes SWOT preenchidas, de empresas de diferentes nichos.
Análise SWOT do salão de beleza
Ambiente interno | Forças – Localização: área de fácil acesso e boa visibilidade – Variedade de serviços: o salão oferece cortes, coloração, manicure, pedicure e outros – Ambiente agradável: foi planejado e decorado para tornar a experiência dos clientes mais agradável, incentivando a fidelidade e recomendação | Fraquezas – Capacidade limitada de atendimento: o salão não conta com equipe qualificada. Então, apesar de oferecer vários serviços, a dona tem um tempo limitado para atendimento – Espaço pequeno: a limitação de espaço prejudica o atendimento de mais clientes simultaneamente |
Ambiente externo | Oportunidades – Segmentação: com as novas áreas surgindo no mercado (micropigmentação, alongamento de unhas etc.), é possível optar por uma área e se tornar especialista – Parcerias estratégicas: estabelecer parcerias com fornecedores e outros profissionais da área para atingir uma quantidade maior de clientes e criar promoções colaborativas | Ameaças – Concorrência local: apesar de estar em uma ótima localização, existem outros salões na área que se tornam concorrentes diretos – Tendências do mercado: novos serviços estão surgindo o tempo todo no mercado da beleza. Os clientes podem optar por outros serviços, em vez dos oferecidos pelo salão |
Análise SWOT de supermercado
Ambiente interno | Forças – Localização estratégica em área residencial e comercial – Custos operacionais menores, comparados aos supermercados grandes, possibilitando preços mais competitivos e promoções de produtos selecionados | Fraquezas – Demora no atendimento, provocando filas grandes nos caixas – Problemas no controle do estoque e reposição das mercadorias – Dificuldade em competir com grandes supermercados em termos de publicidade |
Ambiente externo | Oportunidades – Incluir o supermercado em aplicativos de delivery para aumentar a visibilidade e alcançar mais pessoas – Ter um serviço de entrega própria para proporcionar mais comodidade aos clientes – Criar programas de fidelidade para reter e estimular as compras recorrentes | Ameaças – Concorrência de supermercados maiores que podem oferecer preços menores devido ao poder de compra maior – Instabilidade econômica do país que afeta o preço dos produtos – Imprevistos que afetam a cadeia de suprimentos, como greves de caminhoneiros, pandemias etc. |
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