O planejamento estratégico de uma empresa é o plano que contém os principais objetivos da organização e os caminhos possíveis para atingi-los. Por isso, é um dos pilares mais relevantes para quem deseja ter sucesso no negócio. 

No entanto, apesar de tamanha importância, muitos empreendedores não sabem porque, nem como fazer um planejamento estratégico. Esse é o seu caso? 

Para te ajudar, trouxemos um guia completo com tudo sobre o tema: o que é, como fazer, benefícios, principais erros e ferramentas mais utilizadas. A seguir, confira o passo a passo para criar o plano do seu negócio. 

O que é planejamento estratégico? 

Planejamento estratégico é o processo de definição de metas e objetivos de longo prazo de uma empresa, assim como dos planos de ação que devem ser executados para alcançá-los. Basicamente, são as estratégias definidas pelos responsáveis por um negócio para fazê-lo crescer. 

Em outras palavras, podemos entender o planejamento estratégico como uma bússola, um guia que aponta as ações e os caminhos que a empresa deve tomar para atingir seus objetivos comerciais. 

Por sinal, esse planejamento engloba as oportunidades de mercado e ameaças que a organização enfrenta, bem como os pontos fortes e fracos. Assim, é possível ter uma visão do futuro, definindo exatamente onde a empresa deseja chegar e como vai fazê-lo.

Vale salientar que o plano estratégico empresarial não é imutável. Pelo contrário: as metas e estratégias devem ser analisadas e monitoradas para saber quais devem ser mantidas, quais devem ser alteradas e quais não fazem mais sentido. 

Aprenda também: Plano de negócios: o que é e como criar o seu do zero

Qual a importância de fazer um planejamento estratégico? 

Quando se fala na importância do planejamento estratégico, é impossível não lembrar da icônica frase do escritor Charles Lutwidge: “para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve”. 

Sob o pseudônimo de Lewis Carroll, Charles escreveu a famosa história de Alice no País das Maravilhas, que, entre tantas frases marcantes, traz esta acima que traduz muito bem o porquê todo negócio precisa de um plano. 

Basicamente, o que o autor quis dizer é que, quando não se tem um objetivo, não se almeja algo, fica fácil se perder pelo caminho. E isso também vale para um negócio. 

Afinal, se você não tem o objetivo de crescer e nem sabe o que precisa ser feito para isso, dificilmente conseguirá se desenvolver como organização. 

Dessa forma, podemos dizer que o planejamento é crucial porque delimita onde a empresa quer chegar e traça as ações mais assertivas para que as metas estabelecidas sejam cumpridas. 

Também é importante para poder aproveitar ao máximo o potencial do negócio e descobrir os caminhos mais adequados para seguir.

Para se ter ideia da relevância do planejamento estratégico, segundo dados da pesquisa Sobrevivência das Empresas do Sebrae, a falta de planejamento foi a principal causa do fechamento do negócio para 17,5% dos entrevistados. 

Quando fazer o planejamento estratégico de um negócio?

Se você não quer arriscar começar um negócio e ter que “fechar as portas” mais rápido do que o esperado, então, coloque o planejamento como uma das primeiras tarefas da sua empresa. 

Um erro bastante comum é pensar que pequenos negócios não precisam fazer um planejamento estratégico. Porém, é justamente esse plano que fará a empresa crescer e se desenvolver, tirando novos projetos do papel e executando o que precisa ser feito para atingir seus objetivos. 

Lembrando que não se trata de um plano fixo que deve ser seguido eternamente. Então, após o primeiro planejamento, defina uma periodicidade para que as metas e ações sejam analisadas e redefinidas, se necessário. 

Isso pode ser feito a cada cinco ou três anos, anualmente, semestralmente ou até a cada mês, tudo depende do tipo e objetivo do negócio. Uma startup, por exemplo, terá uma regularidade muito maior do que uma empresa tradicional. 

Como fazer um planejamento estratégico?

Em geral, as etapas de um planejamento estratégico são: 

  • definição de missão, visão e valores;
  • análise de mercado;
  • definição de objetivos;
  • criação e implementação do plano de ação;
  • monitoramento dos resultados;
  • adaptação, se necessária. 

Veja os detalhes!

Definição de missão, visão e valores (MVV)

Sabe quando você entra no site de uma empresa e se depara com informações sobre missão, visão e valores? Acredite, essas definições não existem à toa. Elas são parte importante do planejamento estratégico de uma empresa e, por isso, são a primeira etapa. 

Esses pontos vão determinar a razão do negócio existir no mundo, além de atrair parceiros que se conectem com ele e orientar a expectativa para o futuro. Ou seja:

  • a missão é o propósito da sua empresa, é o motivo de você fazer o que faz;
  • a visão é onde você deseja chegar, onde quer estar quando o negócio se desenvolver e crescer;
  • os valores são os aspectos em que você acredita, aquilo que não abre mão e permeia as ações e os caminhos que tomar (crenças e cultura). 

Com esses pontos bem definidos, você pode dizer que já sabe o que é e para que sua empresa existe. 

Análise de mercado

Para desenvolver um excelente planejamento estratégico, é preciso conhecer o mercado e entender o cenário em que a empresa está inserida. 

Para isso, você pode utilizar a análise SWOT — ou FOFA, em português — e fazer uma avaliação do ambiente externo e interno, o que pode ajudar futuras tomadas de decisões que vão impactar o crescimento da empresa. 

Essa análise é baseada em quatro elementos: forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. 

As forças e fraquezas são focadas no ambiente interno, ou seja, no próprio negócio, enquanto as oportunidades e ameaças estão voltadas para fatores externos, como a concorrência, que podem interferir e “prejudicar” o planejamento estratégico com o tempo. 

Quer fazer a análise do seu negócio? Confira o passo a passo completo em nosso artigo: Análise SWOT: o que é e como fazer!

Definição de objetivos

Se você achava que o plano estratégico já começava com a definição de objetivos, percebeu que existem passos importantes para se fazer anteriormente, não é? 

Isso porque fica mais fácil definir metas realistas e alcançáveis quando você sabe qual o propósito e os diferenciais da sua empresa, assim como as oportunidades do mercado.

Um ponto importante quando falamos em objetivos é, novamente, lembrar que o planejamento não é (nem deve ser) para sempre. Logo, suas metas também não serão! 

Dessa forma, atente-se para definir objetivos que sejam mensuráveis e tenham prazo determinado. 

Criação e implementação do plano de ação

Com as metas em mãos, o passo seguinte é traçar caminhos, utilizando suas forças e oportunidades (lembra da análise SWOT?), a fim de conquistá-las. 

Para desenvolver seu plano de ação, nossa dica é responder essas sete questões que serão a chave para a realização da estratégia. 

  • O que será feito?
  • Por quê?
  • Onde?
  • Quando?
  • Por quem?
  • Como?
  • Quanto vai custar?

Assim, você terá mais clareza na implementação de cada passo, sabendo exatamente quais ações, o porquê, por quem e em que prazo devem ser feitas.

Monitoramento dos resultados

Após a realização do seu planejamento, é hora de avaliar se as ações, de fato, foram eficientes. É nesta etapa que você irá analisar as métricas e os indicadores de performance. 

Aqui, é muito importante determinar os indicadores certos para calcular a efetividade das suas estratégias. E não se esqueça de definir metas mensuráveis lá no começo, hein! 

Adaptação, se necessária 

Se os resultados obtidos não forem os esperados, esse pode ser um sinal de que é hora de rever o plano estratégico. 

E isso vale até mesmo caso os resultados sejam superiores às metas, ok? Ainda que positivo, isso pode indicar que houve uma mudança no mercado, talvez novas oportunidades que a empresa pode aproveitar para potencializar ainda mais seu crescimento. 

Portanto, não tenha receio de rever o plano e definir novos objetivos e estratégias sempre que perceber essa necessidade. Afinal, o planejamento estratégico é a bússola que vai levar seu negócio ao sucesso, não se esqueça disso! 

Leia também: Análise de mercado: o que é e a sua importância [+ passo a passo]

Principais benefícios do planejamento estratégico

Entendidas quais são as etapas do planejamento estratégico? Agora, que tal conferir alguns dos principais benefícios de criar o plano da empresa, ainda no início das atividades? 

Conhecimento sobre o negócio

Quando se faz uma análise interna e externa, como é necessário durante o planejamento, compreende-se o que a empresa representa dentro do mercado e quais os pontos fortes e fracos. 

Logo, você tem um conhecimento muito maior sobre o próprio negócio e nicho de atuação, o que pode facilitar ao planejar suas estratégias de desenvolvimento interno e crescimento externo. 

Objetivos mais assertivos

Quando se traça um planejamento, é possível ter uma visão mais ampla sobre o negócio e, desta forma, traçar melhores objetivos. Com essa estratégia, pode-se economizar energia, tempo e dinheiro, otimizando o que sua empresa já tem potencial para fazer. 

Metas mais alcançáveis

Com os objetivos traçados, fica mais fácil alcançar as metas determinadas por período. O tempo é um bem precioso e, como tal, sua força de trabalho não deve ser desperdiçada em ações que não resultem em nada. 

Lembre-se que as metas são alcançadas a partir de objetivos bem determinados. E o principal passo para isso é por meio de um bom planejamento. 

Erros para evitar ao elaborar o planejamento estratégico

Confira o que não fazer na hora de montar o plano!

Não determinar o responsável pela execução de cada etapa

Apesar de parecer óbvio, é muito comum traçar o planejamento, mas não deixar alguém responsável por cada etapa. 

Essa não definição de uma pessoa para gerenciar cada parte do processo pode interferir no cumprimento das metas e prejudicar o alcance dos objetivos a médio/longo prazo.

Não realizar reuniões periódicas para verificar o status de cada ação

É importante que todos visualizem as ações que estão sendo pensadas e realizadas para tornarem-se responsáveis pelo acontecimento de tudo. Deixe a equipe saber o que está sendo feito.

Quais as ferramentas mais utilizadas no planejamento estratégico?

Você já sabe o que é planejamento estratégico e sua importância, certo? Finalmente, é hora de falar sobre as melhores ferramentas para criar o do seu negócio. Vamos lá! 

Além da análise SWOT, você pode utilizar:

Análise PESTEL

A análise de PESTEL considera o ambiente externo da empresa, incluindo as mudanças políticas, socioeconômicas, tecnológicas e culturais que influenciam o negócio. 

Seu objetivo é analisar como cada um desses pontos pode impactar as operações.

Análise das 5 forças de Porter

Outra boa ferramenta é a Análise das 5 Forças de Porter, que avalia o grau de atratividade e competitividade de um mercado, considerando cinco forças que atuam sobre ele: 

  1. rivalidade entre os concorrentes;
  2. poder de barganha dos fornecedores;
  3. poder de barganha dos clientes;
  4. ameaça de novos entrantes;
  5. ameaça de produtos substitutos. 

A grande vantagem dessa análise é definir suas estratégias competitivas, de acordo com as características do ambiente externo.

Matriz BCG

A Matriz BCG é uma ferramenta que viabiliza o planejamento dos produtos e serviços oferecidos. 

Ela foi desenvolvida pelo Boston Consulting Group nos anos 70, mas ainda é usada para avaliar quais produtos/serviços são mais rentáveis e valem a pena incluir/manter.

Com essa ferramenta gráfica, você consegue definir as estratégias mais adequadas para cada produto ou serviço, incluindo: investir, manter, descontinuar ou abandonar.

Extra: sistema ERP! 

Embora o ERP não seja uma ferramenta de planejamento estratégico, ele pode fornecer informações valiosas e facilitar o acesso aos dados operacionais e gerenciais. 

Dessa maneira, o sistema pode te ajudar a implementar as estratégias definidas no planejamento da sua empresa, além de permitir que você acesse dados em tempo real e tome decisões mais assertivas. 

O Bling! é um sistema ERP que reúne as informações de todas as áreas da sua empresa, ajudando a gerenciar estoque, finanças, vendas e notas fiscais, além de oferecer relatórios com dados importantes para o direcionamento adequado do negócio. 

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