A reforma tributária finalmente começa a sair do papel e, junto com ela, uma onda de dúvidas para os pequenos e médios empresários. Se você tem uma loja física, um e-commerce ou atua nos dois canais ao mesmo tempo, já deve ter ouvido falar que 2026 marca o início da transição para um novo modelo de impostos. E a pergunta que muitos fazem é: “o que muda para mim?”
A resposta é simples: surgem dois novos tributos, o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e o CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que vão conviver com impostos tradicionais como PIS, COFINS, ICMS e ISS até 2032. Isso significa um período de teste complexo, com duas estruturas tributárias funcionando ao mesmo tempo.
E é aí que mora o desafio: emitir nota fiscal e calcular impostos já é difícil. Imagine fazer isso dobrado. Mas também há uma boa notícia: entender essa transição desde já ajuda você a se preparar, reduzir riscos e garantir que o seu negócio não pare. Neste artigo vamos explicar o que muda com a reforma tributária e como um sistema de gestão, como o Bling, pode ser um grande aliado para enfrentar essa transição com tranquilidade.
Por que a reforma tributária era tão necessária?
Antes de conhecer os novos impostos, é importante olhar para o contexto que levou o país a uma mudança tão profunda. O sistema tributário brasileiro sempre foi considerado um dos mais complexos do mundo, e isso não é exagero.
Para o empreendedor, essa complexidade complica o dia a dia:
- Regras diferentes em cada estado;
- Impostos que variam conforme o produto;
- Alíquotas caras e difíceis de entender;
- Dificuldade de calcular tributos corretamente, especialmente em e-commerces que vendem para vários estados.
O resultado é um ambiente cheio de insegurança e custos operacionais elevados. É nesse cenário que a reforma tributária 2026 começa a se firmar como uma das maiores mudanças da história econômica recente.
O que muda com a reforma tributária?
A reforma tributária 2026 marca o início oficial de uma mudança estruturante no sistema brasileiro. Ela cria um modelo baseado no IVA (Imposto sobre Valor Agregado), que já é usado em diversos países, com o objetivo de simplificar regras, melhorar a transparência e reduzir distorções.
Mas se a proposta é simplificar, por que tantos empreendedores estão preocupados?
Porque a simplificação só acontece de forma plena após o período de transição. Até lá, teremos uma espécie de “duplo sistema”: os impostos antigos ainda existem, enquanto os novos começam a valer de maneira gradual.
Para o empreendedor, principalmente donos e gestores de e-commerces e lojas físicas, que já vivem desafios como margens apertadas, alta concorrência, logística cara e cobrança do Fisco, isso significa:
- Mais responsabilidade operacional;
- Necessidade de acompanhar e de se adaptar a novas regras;
- Maior risco de erros em notas fiscais;
- Impacto direto no fluxo de caixa.
E essa complexidade recai especialmente sobre quem vende online, onde a tributação já é naturalmente mais desafiadora, por envolver diferentes estados, alíquotas variadas e operações interestaduais.
Entendendo os novos impostos IBS e CBS
Quando falamos da reforma tributária, dois novos tributos aparecem como protagonistas: a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e a IBS (Imposto sobre Bens e Serviços).
Entender o que são e como funcionam esses novos impostos é fundamental para quem tem uma pequena ou média empresa, porque o dia a dia da emissão de notas fiscais, da precificação e da operação vai mudar.
CBS – Contribuição sobre Bens e Serviços
A CBS será um tributo federal, com objetivo de substituir as contribuições atuais de PIS e COFINS. Segundo o portal da Receita Federal, a CBS integra a proposta de simplificação da tributação do consumo, e seu funcionamento será o seguinte:
- Incidência ampla sobre bens e serviços, sem distinção por setor;
- Modelo semelhante a um IVA (imposto sobre valor agregado), com crédito financeiro para evitar cumulatividade;
- Na fase de testes (2026), a alíquota será de apenas 0,9%.
Para você que tem e-commerce ou loja física, isso significa que o cálculo federal será unificado. E, portanto, os sistemas precisam estar prontos para essa nova regra.
IBS – Imposto sobre Bens e Serviços
Já o IBS corresponde às competências estaduais e municipais. Ou seja, será devido nas operações entre bens e serviços que envolvem circulação, sob uma lógica compartilhada entre estados/municípios.
Esse novo imposto substituirá o ICMS e o ISS. Confira alguns aspectos relevantes:
- Incide sobre bens materiais, direitos e serviços;
- Será devido em todas as etapas de produção e comercialização;
- O tributo será cobrado no destino, ou seja, onde o consumidor final está;
- Imposto não cumulativo.
Com essa visão clara sobre CBS e IBS, você estará mais preparado para acompanhar as principais mudanças na reforma tributária e para organizar sua operação, seus sistemas e seu ERP para evitar surpresas.
Até mesmo porque mudanças na base de cálculo, alíquotas e créditos tributários podem afetar seu preço final, exigir ajuste no cadastro de produtos, alterar margens, influenciar o cálculo do frete e mudar a emissão de notas fiscais
Como será o período de transição da Reforma Tributária?
A transição para o novo sistema tributário não será feita de uma vez. O governo estruturou um período gradual justamente para evitar rupturas que prejudiquem empresas, consumidores e a própria arrecadação.
Para o empreendedor, especialmente quem opera no varejo e no e-commerce, isso significa um cenário em que dois modelos convivem ao mesmo tempo, o que exige atenção, organização e tecnologia. Veja como isso será dividido ano a ano.
2026: o ano de teste
O processo começa com um primeiro passo bem controlado. Em 2026, a CBS e o IBS entram em funcionamento apenas como “amostra”, com alíquotas simbólicas.
Será cobrado um percentual muito reduzido, cerca de 0,9% da CBS e 0,1% do IBS, e o valor recolhido servirá apenas como base comparativa, já que será compensado com o PIS e a COFINS do mesmo período.
Para os contribuintes que cumprirem todas as obrigações acessórias corretamente, esse montante será desonerado, tornando 2026 um ano de adaptação, não de custo adicional.
2027 e 2028: mudança real começa aqui
A partir de 2027, a CBS passa a ser cobrada de fato, já com redução prevista na alíquota em comparação ao modelo atual.
Nesse momento, PIS e COFINS deixam de existir, dando espaço definitivo para o novo imposto federal. O IPI também tem suas alíquotas zeradas para quase todos os produtos, com exceção daqueles fabricados na Zona Franca de Manaus.
Outra novidade desse período é o Imposto Seletivo, criado para desestimular o consumo de itens que prejudiquem a saúde ou o meio ambiente. Ele incidirá sobre atividades como produção, extração, comercialização ou importação de produtos definidos por lei.
2029 a 2032: a virada do ICMS e ISS para o IBS
A fase seguinte envolve os tributos estaduais e municipais. O ICMS e o ISS serão gradualmente substituídos pelo IBS. A cada ano, o peso dos impostos antigos diminui, enquanto o IBS avança:
- 2029: 10% IBS e 90% ICMS/ISS;
- 2030: 20% IBS e 80% ICMS/ISS;
- 2031: 30% IBS e 70% ICMS/ISS;
- 2032: 40% IBS e 60% ICMS/ISS.
Esse é o período mais sensível para o empreendedor, já que vendas interestaduais, marketplace e notas fiscais tendem a ficar ainda mais complexas.
2033: o novo modelo assume totalmente
A partir de 2033, o Brasil conclui a jornada e passa a operar apenas com o novo sistema. O ICMS e o ISS são extintos, e o IBS funciona sozinho, consolidado como o imposto sobre bens e serviços a nível estadual e municipal.
Na prática: o que os novos impostos significam para você?
Que seus sistemas, integrações e processos internos precisam estar preparados para:
- Interpretar e aplicar alíquotas diferentes;
- Lidar com cálculos duplos;
- Recolher impostos antigos e novos;
- Entender regras específicas da sua operação.
E como essas mudanças impactam diretamente a emissão de notas fiscais, quem não estiver com um ERP atualizado corre grande risco de ter notas rejeitadas, pagar a mais (ou a menos) e sofrer autuações.
Como preparar a sua empresa para a Reforma Tributária 2026?
Embora a reforma tributária avance de forma gradual, quem começa a se preparar desde já sente muito menos o impacto das mudanças. Para quem vende online ou opera em diferentes estados, especialmente, a organização antecipada faz toda a diferença.
A transição entre dois sistemas tributários ao mesmo tempo não é simples, mas existem passos concretos que você pode dar hoje para evitar dores de cabeça amanhã.
Organize o cadastro de produtos
A base de qualquer cálculo tributário, antigo ou novo, começa pelo cadastro. Isso significa revisar NCM, descrições, categorias e particularidades de cada item do seu catálogo.
Com a CBS e o IBS exigindo informações mais detalhadas, um cadastro impreciso pode gerar notas rejeitadas, alíquotas incorretas ou problemas no recolhimento. Quanto mais robusto e padronizado for o seu banco de produtos, mais tranquila será a transição.
Digitalize o máximo possível
A convivência entre impostos antigos e novos exigirá cálculos diferentes, campos adicionais nas notas fiscais e ajustes constantes. Fazer tudo manualmente se tornará inviável.
A digitalização permite padronizar processos, reduzir falhas humanas e aumentar a agilidade. Além disso, sistemas automatizados se adaptam muito mais rapidamente a mudanças regulatórias.
Busque informação confiável e atualizada
As regras da reforma tributária serão detalhadas ao longo dos próximos anos. Isso significa que acompanhar fontes oficiais, participar de webinars, conversar com contadores e manter-se atento às atualizações é essencial.
Informação desatualizada gera decisões erradas, e decisões erradas custam caro para o empreendedor.
Reveja seu fluxo de caixa e planejamento financeiro
Com a transição tributária trazendo novas alíquotas, regras e prazos, acompanhar de perto o fluxo de caixa deixa de ser apenas uma boa prática e passa a ser uma necessidade.
Ajustar projeções, revisar custos e entender como cada mudança pode impactar a margem do seu negócio é fundamental para evitar surpresas. Ao mapear cenários, você identifica com antecedência onde será preciso reorganizar preços, renegociar com fornecedores ou reforçar a reserva financeira.
Esse cuidado dá mais previsibilidade, segurança e clareza para tomar decisões estratégicas enquanto a reforma tributária avança, mantendo a saúde financeira da empresa em dia.
Adote um ERP preparado para a transição
Escolher um ERP capaz de acompanhar a transição tributária é, sem exagero, um dos passos mais importantes para evitar problemas nos próximos anos.
Um sistema de gestão moderno automatiza cálculos, interpreta as novas regras, atualiza alíquotas sem esforço e reduz drasticamente o risco de erros nas notas fiscais.
Além disso, centraliza informações, organiza cadastros, facilita integrações e garante que sua empresa continue operando mesmo diante de mudanças complexas.
Soluções como o Bling ajudam o empreendedor a manter conformidade e agilidade, sem precisar perder horas revisando regras fiscais.
A reforma tributária está chegando e o Bling ajuda você a passar por ela com segurança
A reforma tributária pode assustar, mas você não precisa enfrentar essa transição sozinho. Com um ERP completo e intuitivo como o Bling, a adaptação se torna muito mais simples.
O sistema automatiza processos que seriam inviáveis de controlar manualmente durante a convivência entre impostos antigos e novos. A emissão de notas fiscais, por exemplo, passa a ser feita de forma automática e segura, reduzindo rejeições e garantindo que cada documento saia dentro das regras da legislação.
Além disso, o Bling reúne em um só painel todo o cadastro de produtos, clientes e fornecedores, ajudando você a manter as informações organizadas e atualizadas, algo essencial quando CBS e IBS exigem mais precisão.
A gestão financeira integrada, por sua vez, oferece clareza total sobre fluxo de caixa, margens e despesas, permitindo ajustes rápidos conforme novas alíquotas entram em vigor.
O Bling também facilita o controle das vendas, seja no físico, online ou nos dois ao mesmo tempo. Com recursos multicanal e integrações com marketplaces e transportadoras, sua operação continua fluindo, mesmo em períodos de mudança.
E o melhor: os dashboards inteligentes mostram o desempenho do negócio em tempo real, dando segurança para tomar decisões estratégicas.
A verdade é simples: com o Bling, você ganha tranquilidade para focar no crescimento enquanto o sistema cuida da complexidade tributária. Experimente grátis por 30 dias e veja, na prática, como sua rotina pode ficar muito mais leve.






