Ícone do site Blog do Bling

Capital de giro para pequenas empresas: por que é importante?

Empreendedora calculando o capital de giro em um tablet

A longevidade das empresas está relacionada à sua estabilidade financeira e a sua capacidade de arcar com seus compromissos diários, como salários, fornecedores, aluguel entre outros custos e despesas comuns. Nesse cenário, uma boa gestão de capital de giro é essencial para manter o negócio saudável. 

Afinal, ele é, justamente, o nome dado ao montante de recursos financeiros necessários para garantir a continuidade das operações de uma empresa, cobrindo suas despesas operacionais e assegurando o ciclo financeiro do negócio. 

Logo, se as finanças estiverem desorganizadas,  o capital de giro é um dos indicadores que podem mostrar que existe um problema e que é necessário buscar soluções. 

Isso porque não é suficiente que uma empresa venda muito e tenha um alto faturamento, é essencial que ela faça isso a partir de gastos e investimentos controlados. 

Em outras palavras, uma empresa que vende muito, mas que gosta muito tende a ter problemas com o capital de giro e também a médio e longo prazo. 

É por isso que podemos dizer que o capital de giro é um indicador estratégico, mostrando não apenas o quanto você precisa ter em caixa para manter a empresa funcionando, mas também mostrando quando há um problema. 

O que é capital de giro?

O capital de giro é a quantia necessária para que a empresa pague as suas despesas operacionais que incluem salários, tributos, energia, compra de estoque, aluguel, entre outros. Ou seja, ele representa o valor necessário para suprir operações financeiras que movimentam o dia a dia do negócio.

Em outras palavras, é a quantidade de dinheiro que a empresa precisa ter em caixa para pagar suas obrigações financeiras de curto prazo. 

Dentro de uma gestão financeira eficiente, esse é um valor importante de conhecer, porque é ele que financia a continuidade de suas operações a curto prazo e mantém a gestão de custos em dia. 

Como veremos adiante, para calcular o capital de giro necessário ao negócio, é importante que a empresa tenha em mãos o montante das despesas e também a quantia que terá disponível para pagamento. 

Nesse sentido, podem ser considerados valores como investimento de alta liquidez, estoque de mercadorias a serem vendidas, estoque de matéria-prima. 

Tipos de capital de giro

Existem diferentes tipos de capital de giro:

  1. Líquido: recursos financeiros da empresa, como bens e imóveis;
  2. Negativo: quando os recursos disponíveis são insuficientes;
  3. Próprio: capital próprio disponível para a empresa;
  4. Associado a investimentos: o capital para cobrir despesas que a empresa terá ao fazer determinado investimento.

Entenda mais, a seguir.

Capital de giro líquido

Capital de giro líquido é o valor encontrado a partir da subtração do passivo circulante (dúvida ou pagamento que vence em até um ano) do ativo circulante (são os bens e os da empresa que podem ser convertidos convertível em dinheiro a curto prazo, como o caixa e o estoque.). Resumindo:

Capital de giro líquido = ativo circulante – passivo circulante 

Ainda neste artigo, vamos te mostrar como calcular o capital de giro e apresentar exemplos. Então continue lendo!

Capital de giro negativo

Quando a fórmula de capital de giro resulta em um número negativo, isso significa que os valores que a empresa tem disponível não são suficientes para o pagamento das suas obrigações financeiras. 

Ou seja, o passivo circulante é maior do que o ativo circulante. Há mais contas a pagar do que dinheiro disponível para isso. 

Considere, por exemplo, que neste mês, você tem um total de despesas de R$5.000, mas o total de capital disponível para pagá-las é de R$4.800. Isso significa que há um déficit de R$200. Esse valor indica a necessidade de capital de giro do negócio.

Isso significa que você tem um capital de giro negativo. 

Capital de giro próprio

É um tipo de capital de giro oposto ao anterior. Na prática, quando a empresa consegue acumular capital suficiente para suprir todas as contas, o nome dado é capital de giro próprio, e não positivo como você poderia suportar.

Ao aplicar a fórmula de capital de giro líquido, o resultado da subtração do passivo circulante do ativo circulante é positivo.

Isso significa que a empresa tem capital próprio disponível sem precisar de empréstimos.

Capital de giro associado a investimentos

É o capital para cobrir despesas que a empresa terá ao fazer determinado investimento, como um financiamento, por exemplo.

Ele deve ser considerado quando uma parte dos recursos financeiros são destinados a pagar o investimento, por exemplo, a compra de um computador ou de maquinário.

Nesse caso, mesmo que o capital de giro diminua, é preciso considerar a causa. Se for um investimento, isso ainda mostra que a empresa está crescendo.

Contudo, é essencial que antes de optar por realizar esse tipo de aplicação, você verifique o fluxo de caixa para entender o quanto um investimento pode impactar suas finanças e atrapalhar o pagamento de suas despesas. 

Esse planejamento é essencial na gestão do capital de giro e do negócio como um todo. 

Para que serve o capital de giro? 

Vamos supor que você abrirá uma padaria. Para o empreendimento começar a funcionar, é indispensável que você invista em:

Além disso, quando você inaugurar a padaria, precisará de todos os ingredientes necessários para preparar seus pães e bolos, como leite, ovos, óleo, fermento e farinha (muita farinha!). 

Esses são itens que precisam estar no estoque da empresa para atender aos pedidos dos clientes. 

Contudo, enquanto o consumidor não pagar pela mercadoria, o estoque representa um “dinheiro parado”. Pois o capital empregado ainda não circulou, não deu retorno.

É aí que entra o capital de giro, uma espécie de fonte de financiamento própria enquanto você não recebe pela venda dos produtos, seja no dia da venda ou seja no pagamento a prazo (geralmente 30 dias a contar da data de compra).

Percebe como o capital de giro é importante? Ele ajuda a manter seu negócio enquanto não recebe pelo que já vendeu e segura as pontas até você poder pagar pelo que comprou dos fornecedores. 

Isso significa que ao abrir uma empresa, você precisa considerar, não apenas o total de capital necessário para iniciar o negócio, mas também o montante para mantê-lo, enquanto o faturamento não consegue fazer isso sozinho. Evitando que a conta fique negativada.

Como calcular o capital de giro?

Segundo o Sebrae, o capital de giro representa, em geral, de 50% a 60% dos ativos de um empreendimento. Ok, mas como descobrir esse valor? 

A resposta para isso depende da consideração de alguns elementos como: 

Portanto, como dissemos ao longo desse artigo, está diretamente ligado ao fluxo de caixa, uma vez que empresas que possuem bons volumes de venda e baixos custos, geralmente, apresentam capital de giro suficiente para se manter em funcionamento. 

Fórmula do capital de giro para empresas

A fórmula para calcular o capital de giro líquido (CGL) é simples e direta: 

CGL = AC – PC. 

Para fazer o capital de giro primeiro você deve somar todos os ativos circulantes e depois todos os passivos circulantes. Observe o exemplo abaixo, de e-commerce de livros: 

Ativo Circulante:

Passivo Circulante:

Agora, podemos usar a fórmula para calcular o capital de giro líquido:

Capital de Giro Líquido = Ativo Circulante – Passivo Circulante

Substituindo os valores:

Capital de Giro Líquido = 25.000 – 11.000

Capital de Giro Líquido = R$ 14.000

Portanto, o capital de giro líquido da empresa é de R$14.000, indicando um saldo positivo, o que é favorável em termos de liquidez e saúde financeira.

Para que o cálculo do capital de giro seja preciso, você deve:

Como manter o capital de giro saudável?

Para manter o capital de giro saudável é preciso seguir algumas diretrizes como: 

  1. equilibre as contas do negócio;
  2. organize as datas;
  3. controle e evite a inadimplência;
  4. negocie o prazo de dívidas;
  5. reduza custos;
  6. acompanhe dados e relatórios em tempo real;
  7. invista em tecnologia. 

#1 Equilibre as contas do negócio

Divergências nos prazos de pagamento são completamente comuns em qualquer negócio. Mas se você não mantiver uma quantia reservada para equilibrar as contas, provavelmente precisará recorrer a um empréstimo para cobrir as dívidas do seu negócio.

#2 Organize as datas

Você pode ter problemas com a necessidade de capital de giro por um simples desencontro de datas. 

Por exemplo, se as contas da empresa vencem dia 10, tente direcionar o pagamento dos seus clientes para que eles sejam feitos até dia 5. Assim, seu caixa estará cheio no dia do vencimento de suas obrigações. 

Além disso, outra boa prática é negociar com seus fornecedores prazos maiores para pagamento e com os clientes prazos menores para pagamento. 

#3 Controle e evite a inadimplência

Além de prejudicar a sua reputação no mercado, geralmente, a inadimplência vem seguida de multas e juros que vão pesar no seu fluxo de caixa e reduzir a sua margem de lucro. 

Isso significa que, se há um problema financeiro real na empresa, com o atraso de pagamentos você tende a ampliá-lo.  

Isso sem contar que atrasar o pagamento de colaboradores e fornecedores pode impedir o funcionamento da sua empresa, o que leva o problema para outro nível muito pior. 

#4 Negocie o prazo de dívidas

Se a sua empresa já está com dívidas, é hora de sentar e negociar com os credores, bem como buscar alternativas para diminuir a incidência de juros que só criam uma bola de neve no seu problema. 

Por exemplo, se a empresa está com dúvidas de cartão de crédito ou com o cheque especial, pense agora em uma alternativa. 

Sobre esse assunto, indicamos que leia o artigo, “Como conseguir empréstimos para MEI? Saiba tudo sobre”. Um empréstimo bem planejado pode salvar você de problemas maiores.

#5 Reduza custos

Uma empresa não precisa apenas ampliar lucros, mas também reduzir custos. Pense nisso, quando estiver calculando e lidando com o seu capital de giro. 

Lembre-se que custos não são investimentos importantes, e estão apenas “sugando” seu dinheiro. 

Ao contrário, os investimentos geram retorno e devem ser mantidos e até mesmo ampliados.

#6 Acompanhe dados e relatórios em tempo real

Os relatórios financeiros vão permitir que você acompanhe de perto e em tempo real os resultados da sua empresa. Com isso, as decisões ficam mais fáceis e assertivas.

É essencial que você verifique seus números periodicamente para tornar a sua gestão mais inteligente.

#7 Invista em tecnologia

Por último, mas não menos importante, a tecnologia é essencial para controlar o trabalho administrativo e operacional do seu negócio. Um sistema de gestão online, também conhecido como ERP, registra informações de clientes, fornecedores, produtos, vendas, compras, entre outros. 

Assim você acompanha o fluxo de entradas e saídas e ainda gera relatórios para a contabilidade. É bem mais prático do que anotar tudo no papel e arriscar se perder, não é mesmo?

O Bling é um sistema ERP de gestão ideal para micro e pequenas empresas  que desejam ter gestões mais consolidadas, reduzindo erros e ampliando seus resultados. 

A ferramenta é completa, fácil de usar e 100% online, o que permite que você acesse de qualquer lugar e a qualquer hora. 

Com nosso programa você descomplica o seu negócio e integra todas as áreas, desde o controle financeiro, vendas, estoque, emissão de notas fiscais e mais. 

Assista ao vídeo abaixo e conheça tudo sobre o Bling! Aproveite e comece o seu teste grátis.

Sair da versão mobile