Em um cenário no qual menos de 40% das empresas sobrevivem após 5 anos, ter um plano de negócios de e-commerce bem definido, claro e com planejamento completo é o primeiro passo para estabelecer uma loja de sucesso a longo prazo.
Nos manuais de administração sempre se aborda a questão de que qualquer negócio deve ser iniciado com a estruturação de um plano que avalie o seu futuro, o mercado de atuação, os objetivos de faturamento, entre outros detalhes.
Mesmo no mundo do e-commerce, fazer um plano de negócios não é algo que se pode deixar de lado. Afinal, apesar de ter suas diferenças para um negócio físico e tradicional, trata-se da criação de uma empresa que precisa prosperar.
Nesse momento de grande expansão do mercado, em que muitos estão abrindo suas lojas virtuais, separamos alguns tópicos para entender como montar um plano de negócios para começar no mercado digital com o pé direito.
Continue a leitura do conteúdo para aprender:
- o que é um plano de negócio;
- para que serve um plano de negócio;
- exemplo de plano de negócios;
- como montar um plano de negócios de e-commerce.
O que você verá no artigo:
O que é um plano de negócios?
Um plano de negócios é um roteiro que desenha o caminho e os objetivos para o crescimento e desenvolvimento de uma empresa. É um documento de planejamento estratégico que descreve a empresa, suas atividades, suas metas a curto e longo prazo e qual é o plano para alcançá-las.
Apenas uma ideia ou conceito de negócio não é um plano. O documento deve trazer uma descrição de ações para tornar o negócio viável e trazê-lo para a realidade.
Por isso, ele descreve a estratégia de entrada no mercado, projeções financeiras, pesquisa de mercado, propósito comercial e declaração de missão.
Todas as ideias e etapas devem fazer parte do plano de negócios para que as possibilidades se ampliem e que as vantagens e desvantagens da empresa já estejam previstas antes mesmo de iniciar a operação.
Mesmo sendo um e-commerce, que teoricamente requer menor investimento, você deve refletir de forma antecipada sobre o trabalho e a energia do projeto para evitar grandes surpresas e desvantagens após o negócio funcionar.
Não deixe de ler: como montar uma loja virtual do zero em 11 passos
Para que serve um plano de negócios?
Fazer um plano de negócios serve para uma série de objetivos dentro do projeto. O planejamento ajuda a identificar os diferentes panoramas que os administradores terão que levar em conta: desde foco de atuação até clientes, posicionamento, custos e receitas.
Quanto mais os tópicos você estudar e incluir no documento, mais fácil ficará de obter um conceito geral do negócio e entender as fraquezas que possam existir na proposta.
O planejamento do e-commerce antes mesmo de colocar a ideia em prática permite que você consiga fazer ajustes às possíveis falhas e restringir seus erros ao papel, evitando cometê-los no mercado.
Em geral, montar um plano de negócios visa documentar as estratégias e objetivos da empresa, validar a ideia de negócio e fornecer informações para possíveis investidores.
Exemplo de plano de negócios de e-commerce
Montar um plano de negócios é uma tarefa que leva tempo e exige atenção aos mínimos detalhes. É comum que sejam necessárias diversas páginas para ter um plano completo.
No entanto, quem está começando agora pode utilizar modelos mais simples e concisos. O Business Model Canva (Quadro de Modelo de Negócios), por exemplo, é um formato visual que você pode utilizar para direcionar o seu planejamento.
Trata-se de um quadro dividido em 9 blocos, nos quais você deve responder perguntas sobre “o quê”, “como”, “quanto” e “para quem”. Veja abaixo um exemplo de plano de negócios de e-commerce adaptado ao modelo Canvas!
A seguir, confira o passo a passo de como fazer um plano de negócios de e-commerce completo!
Como fazer um plano de negócios de e-commerce?
Para a estrutura inicial do plano de negócios, vale analisar o que já se tem em mente, levantando informações importantes, como se terá sócios ou não, e quais as funções de cada envolvido na operação.
Mesmo sendo online, os processos são os mesmos de montar um negócio físico. Por isso, vale deixar claro desde o início qual é a missão e o propósito do e-commerce no mercado, onde estará inserido e como funcionará.
Você também já deve listar em quais modalidades do e-commerce vai atuar para então definir o capital disponível para iniciar o negócio. Desse capital, já anote se ele será próprio ou fruto de empréstimo.
Em resumo, o plano de negócios de e-commerce deve abordar etapas que consideram três principais tópicos:
- informações sobre o negócio e seus objetivos;
- análise mercadológica;
- estratégias e planejamento de marketing.
Listar esses conceitos faz o empreendedor visualizar o negócio como um todo e poder executar o plano de negócios passo a passo até o momento da execução.
Veja abaixo as etapas fundamentais para entender como montar um plano de negócios efetivo!
1. Crie um sumário executivo
Apesar de aparecer primeiro em nossa lista e no próprio documento do plano de negócios, o sumário executivo deve ser escrito por último. Isso porque se trata de um resumo de todas as ideias essenciais do seu documento.
O resumo executivo é uma visão geral do seu negócio em uma página ou menos e apresenta informações, como:
- missão da empresa;
- informações empresariais;
- seus produtos e serviços;
- público-alvo e mercado;
- destaques de crescimento;
- informações financeiras;
- objetivos para o futuro.
2. Descreva sua empresa, objetivos e produtos
Nesta etapa do plano de negócios de e-commerce, você deve detalhar a descrição acerca de sua empresa. São todas as informações relevantes que apresentam a organização para o leitor, como:
- nome de registro da empresa;
- ano de fundação;
- local de operação (caso haja);
- número de funcionários;
- breve histórico da empresa;
- entre outros.
Em relação aos objetivos, você deve definir com exatidão os planos a curto e longo prazo que fornecem metas claras nas quais focar. Para isso, você pode utilizar das metas SMART, um modelo usado por empresas para estabelecer objetivos mais inteligentes.
A prática considera cinco critérios:
- Specific (específico): o resultado que se deseja alcançar precisa ser claro e direto.
- Measurable (mensurável): o objetivo deve permitir que você acompanhe o seu progresso por meio de indicadores;
- Attainable (atingível): estabeleça algo viável, que pode ser alcançado;
- Relevant (relevante): crie metas que sejam relevantes para o negócio e motivadoras para os envolvidos;
- Time-based (temporal): defina prazos e limites para alcançar o objetivo.
Por fim, não esqueça de listar os produtos e serviços que a sua loja online oferece. Inclua uma descrição dos produtos, seus benefícios para os consumidores e como funcionam.
3. Pesquise o mercado
A pesquisa do mercado permitirá descobrir oportunidades e trazer uma visão ampla e profunda do segmento que quer apostar. Para isso, descreva com detalhes o seu público-alvo, ou seja, os clientes que possuem interesse no seu tipo de produto.
Mesmo que o nicho seja extenso, faça a segmentação para traçar boas estratégias e comerciais. É claro que as vendas serão pulverizadas para todos os públicos, mas a informação é válida para direcionar as estratégias.
A 46ª edição do relatório WebShoppers, elaborado pela NielsenIQ e Ebit, aponta que a categoria Moda e Acessórios foi responsável por 28% do volume de pedidos em lojas virtuais no primeiro semestre de 2022. Outras categorias de destaque são os eletrônicos (24%), Informática (18%), Casa e Decoração (17%) e Brinquedos e Games (9%).
Então fique atento: antes de abrir sua loja virtual, defina o nicho em que atuará, desde a escolha de mercadorias e fornecedores até o posicionamento em relação à concorrência.
As respostas para as perguntas “o que vou vender?” e “para quem vou vender?” precisam estar claras desde o início no plano de negócio.
4. Estude os concorrentes
Outro ponto para analisar são os concorrentes que competirão com sua marca no mercado. Mapear o segmento e entender onde e como se posicionar perante o consumidor é fundamental para iniciar o negócio.
Na análise da concorrência, você terá uma visão objetiva do cenário do setor para determinar onde sua empresa se encaixa. Nesta etapa, uma análise SWOT é uma prática para ajudar você a identificar os pontos fracos e fortes, as oportunidades e ameaças.
Para o caso de lojista que já tenha loja física e está abrindo o e-commerce, não se detenha nos concorrentes da loja física. As concorrências online e offline variam bastante e são influenciadas por diferentes fatores.
5. Pesquise os fornecedores
Os fornecedores também já devem estar dentro no plano de negócios para analisar a qualidade dos produtos que pretende vender, assim como prazos de entrega e facilidades no pagamento. Esta etapa vai te fazer tomar melhores decisões e construir um plano de negócios sólido e embasado.
Aliás, esboce toda a gestão de fornecedores para o seu e-commerce. Deste modo, você será capaz de:
- garantir a qualidade dos produtos;
- reduzir custos por meio da negociação de preços;
- melhorar a eficiência na cadeia de suprimentos;
- otimizar os processos logísticos;
- controlar riscos.
6. Defina a logística adequada para seu e-commerce
Você deve reservar tempo para montar um bom planejamento de logística e escolher as formas de entrega mais adequadas para a estrutura da sua loja virtual. As entregas podem ser feitas pelos Correios, a opção mais simples para quem começa a se inserir no comércio online.
Em alguns casos é mais prático, mas há limitações: as encomendas não podem ultrapassar 30kg por envio e devem respeitar dimensões pré-estabelecidas. Além disso, você, seu cliente e a encomenda dele ficam sujeitos a atrasos por greves ou paralisações.
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As transportadoras são mais estáveis, pois não limitam peso e tamanho e é menos provável que aconteça uma greve. São mais indicadas para micro e pequenos empreendedores, que possuem fluxo de operações menor.
Dica: sistemas para acompanhamento de encomendas como a Find My Pack são seus aliados para rastrear as entregas, já que mantém você informado sobre o deslocamento da mercadoria e pode identificar problemas como extravio e roubo.
7. Escolha a plataforma de e-commerce e marketplace
Existem várias plataformas de e-commerce, então o ideal é você escolher um sistema que corresponda à dimensão da sua loja e que ofereça flexibilidade para o crescimento do seu negócio.
Além disso, o sistema deve permitir integração com software de gestão, meios de pagamento e atendimento via chat. Portanto, opte por uma plataforma de e-commerce que oferece usabilidade, mas com custos que respeitem sua projeção de gastos.
Há três tipos de plataformas: as gratuitas (configuração bastante limitada), as open source (exigem conhecimento técnico) e as plataformas comerciais fornecidas por empresas, que podem ter preços e prazos de entrega influenciados por diferentes modelos de negócio.
Lembre-se: o site deve ser funcional e de fácil navegação para que o cliente encontre o que precisa sem perder muito tempo e sem desistir de comprar em sua loja.
Também é importante escolher um design responsivo, mantendo a estrutura do layout em diferentes plataformas, como tablets, smartphones e notebooks.
Já em relação aos marketplaces, eles são excelentes portas de entrada para quem está começando no mercado virtual. Extra, Mercado Livre, Submarino e Walmart são alguns desses espaços que recebem grande fluxo de visitantes e funcionam como vitrine dos lojistas.
Reunindo diferentes ofertas de produtos e serviços, os marketplaces atingem os mais variados públicos. Também existem aqueles especializados em um segmento específico, como cosméticos, suplementos ou calçados, indicados para quem busca clientes específicos.
De qualquer modo, se você está começando a se inserir no comércio eletrônico, esteja presente em marketplaces para gerar mais oportunidades e maior visibilidade para a sua loja virtual.
8. Planeje as ações e estratégias de marketing
Por mais que suas mercadorias tenham qualidade e estejam expostas em um website funcional e bonito, elas não se vendem sozinhas. Para atrair seu público-alvo, seu modelo de plano de negócio precisa ter estratégias de marketing.
O plano de marketing deve fazer parte do plano de negócios de e-commerce, sendo um passo crucial para decidir as estratégias de venda. Esta etapa envolve algumas definições embasadas em pesquisas que serão valiosas para pensar nas ações de venda, como:
- mapear seus produtos e fazer descrições deles;
- definir os preços, promoções e como serão estruturados no e-commerce;
- listar as vantagens competitivas (frete, prazos) para saber como anunciar.
O inbound marketing (marketing de conteúdo) é a atual tendência, pois agrega confiança e chama a atenção do seu público-alvo por meio de informações relevantes.
Você também pode otimizar as buscas com processos de SEO para e-commerce e investir em links patrocinados, como o Google Adwords.
A dica é procurar uma agência de marketing e estudar a relação custo x benefício para escolher as ações de mídia mais adequadas para o seu negócio.
Não esqueça de marcar seu lugar nas redes sociais. Mantenha comunicação clara, objetiva e visualmente atrativa em redes como Facebook, Instagram, Twitter e Pinterest.
9. Faça o plano financeiro
Mesmo as empresas digitais mais sustentáveis têm despesas. E o controle financeiro do seu negócio pode refletir em seu sucesso ou fracasso.
Para começar a pensar na execução, é fundamental ter um planejamento financeiro minucioso, abrangendo o valor inicial e, se necessário, o valor de investimento em uma estrutura física (sala comercial, móveis, eletrônicos, etc).
Inclua as despesas fixas (água, luz, salários, impostos) e algumas variáveis. O capital de giro também precisa aparecer nessa etapa, que é aquele valor para suprir necessidades financeiras da empresa.
10. Otimize os processos internos
Para começar com o pé direito, trabalhe com um sistema de gestão online (ERP) que possua a opção de integração com a sua plataforma de e-commerce. Assim, você pode gerenciar seu negócio de forma segura, organizada e eficiente.
O ERP é um forte suporte de back office que automatiza diversos processos, como:
- recebimento de pedido;
- verificação de pagamentos;
- emissão de notas fiscais eletrônicas,
- boletos bancários e etiquetas;
- expedição de encomendas e acompanhamento dos pedidos.
Ter um bom sistema de gestão online faz toda a diferença para economizar dinheiro e ganhar tempo.
O Bling é parceiro dos pequenos e médios negócios que estão iniciando no meio online, assim como os grandes negócios que já recomendam o ERP Bling.
O sistema se torna um aliado na gestão do negócio e além de cadastrar produtos e clientes, possui integração aos maiores marketplaces, é emissor de nota fiscal, boletos, e ainda controla estoque e logística.
Se ainda não é um usuário Bling, faça um teste grátis por 30 dias e confira na prática os benefícios.
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