A palavra “patrimônio” é recorrente em nosso dia a dia. Entretanto, nem sempre é usada de maneira adequada, uma vez que existem diversos tipos de patrimônio.

Normalmente, o termo é utilizado como sinônimo de bem ou dinheiro. Porém, na verdade, são conceitos completamente diferentes e essa confusão pode até gerar problemas nas finanças do seu negócio.

Para não deixar margem para dúvidas quanto às definições corretas, neste conteúdo, você vai descobrir o que é patrimônio, quais os tipos e mais algumas dicas para aumentar os ativos da sua empresa. Confira!

O que é patrimônio?

O patrimônio é a somatória de todos os bens, direitos e obrigações associados a uma organização ou pessoa física. Na contabilidade, fala-se que é a junção do ativo com o passivo.

Os ativos são tudo aquilo que pode ser convertido em dinheiro: os bens e os direitos positivos de uma pessoa — que pode ser física ou jurídica. 

Já os passivos — também chamados de negativos — representam as obrigações dessa pessoa, como folha de pagamento de empresa, impostos para o sistema tributário e assim por diante.

Entretanto, vale observar que o conceito de patrimônio é estendido para além das pessoas, englobando inclusive costumes e cultura. Na próxima seção, vamos explorar um pouco mais esse tema.

Quais são os principais tipos de patrimônio?

Os principais tipos de patrimônio são: bruto, líquido (ambos relacionados ao universo das finanças), material, imaterial, vivo, natural, cultural e de afetação. Confira, a seguir, o que significa cada um deles.

Patrimônio bruto

O patrimônio bruto representa a soma dos ativos de uma pessoa ou instituição, somando todos os seus bens e direitos. Também é conhecido como patrimônio social, no caso de uma empresa aberta em sociedade.

Em outras palavras, pode-se ter uma boa ideia do acúmulo de capital de uma empresa através de seu patrimônio bruto. Porém, sozinha, essa métrica é bastante duvidosa. Para um panorama realista, utiliza-se o patrimônio líquido.

Patrimônio líquido

Patrimônio líquido é a diferença entre os ativos e os passivos de uma pessoa ou instituição. Ou seja, é o valor que resta aos sócios de uma empresa após o pagamento de todas as obrigações e dívidas. Logo, é a medida que indica a situação financeira real de um empreendimento.

Um exemplo simples: um patrimônio bruto de R$ 1 milhão pode parecer grande, mas, se a empresa tiver um passivo de R$ 2 milhões, a falência é previsível.

Comentados esses dois tipos, a partir daqui vamos adentrar a Constituição Brasileira para explicar os próximos itens.

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Patrimônio material

O patrimônio material é o conjunto de bens físicos ligados a um povo, que expressam seu modo de vida, costumes e tradições. A legislação brasileira também reconhece obras literárias, científicas e tecnológicas como patrimônio material.

Outro ponto importante diz respeito a objetos que representam a história do Brasil, que vão desde conjuntos urbanos até sítios arqueológicos.

Um exemplo de patrimônio material é o Cristo Redentor localizado no Rio de Janeiro.

Patrimônio imaterial

A definição de patrimônio imaterial é um pouco mais complexa de explicar. Para esclarecer o tema, recorremos à UNESCO, que traz a seguinte definição:

São patrimônios imateriais:

  • saberes como ofícios, expressões culturais e artísticas;
  • celebrações de qualquer espécie, como trabalhos coletivos, rituais religiosos, eventos de entretenimento e demais do gênero;
  • todas as formas de expressão, sejam elas literárias, científicas e lúdicas também fazem parte desse patrimônio;
  • locais de importância pública para um grupo ou comunidade, como santuários, mercados e praças.

Um ótimo exemplo de patrimônio imaterial é o frevo, uma estilo de música e dança originário de Pernambuco.

Patrimônio vivo

O patrimônio vivo destoa completamente do que vimos até agora. O motivo disso é que esse tipo de patrimônio engloba pessoas e grupos sociais relacionados a aspectos culturais dos quais fazem parte.

Um exemplo bastante em pauta nos dias de hoje são as comunidades quilombolas, que existem desde o período colonial brasileiro.

Patrimônio natural

O patrimônio natural diz respeito a tudo que já existia em uma região antes do domínio do homem sobre a mesma. No caso, são dunas, mangues, florestas, rios e muito mais.

Existem diversos complexos espalhados pelo Brasil, que visam proteger esses patrimônios naturais. 

Um ótimo exemplo é o Pantanal e sua riquíssima reserva de água doce — uma das maiores do mundo. Da mesma forma, essa região possui grande variedade de animais que retratam a identidade local, outro aspecto importante desse tipo de patrimônio.

Patrimônio cultural

O patrimônio cultural se refere a um conjunto de bens que possuem valor histórico, artístico, arqueológico, científico, social ou espiritual para uma sociedade. 

Eles são importantes para a preservação da identidade cultural de uma comunidade e desempenham um papel essencial para promoção da diversidade e compreensão da história de um povo.

Alguns exemplos: centro histórico de Ouro Preto (MG) e o Parque Nacional da Serra da Capivara (PI), com seus sítios arqueológicos de pinturas rupestres.

Patrimônio de afetação

Para encerrar a seção de tipos de patrimônio, temos o de afetação, que nada mais é que um recurso usado pelas construtoras para separar seus patrimônios das obras que gerenciam.

Como é composto o patrimônio?

Aqui, vamos retornar ao conceito de patrimônio do ponto de vista financeiro, deixando de lado a maioria dos itens apresentados na seção anterior. Faremos isso, pois, na maioria das vezes, é nesse contexto que a palavra é empregada.

Portanto, vamos comentar sobre bens e seus tipos, do que se tratam os direitos de uma pessoa física ou jurídica e como definir suas obrigações.

Bens

Os bens são todos os itens que podem ser convertidos em dinheiro com facilidade. Eles possuem 4 subcategorias:

  • bens tangíveis: é tudo aquilo que é palpável, que tem consistência, que é material. Dessa forma, um relógio caro é considerado um bem tangível, assim como são os carros e eletrodomésticos;
  • bens intangíveis: são todos os itens que, embora não tenham consistência nem sejam materiais, ainda conseguem ser convertidos em dinheiro. Isso está intimamente relacionado com direitos autorais, domínios de internet e demais itens que têm valor de mercado;
  • bens imóveis: são os itens fincados ao chão e que serão danificados se forem movidos. Portanto, as casas e terrenos são ótimos exemplos de bens imóveis, dado que são difíceis de mover do local original;
  • bens móveis: os itens que são movidos com facilidade são chamados de móveis. Em outras palavras, tudo que não é imóvel é móvel.

Direitos

Os direitos estão relacionados a um dinheiro que chegará no futuro, que a pessoa tem permissão para cobrar. Ou seja, uma venda a prazo é considerada um direito associado a uma empresa, dado que a mesma poderá cobrar seu cliente quanto ao pagamento.

De modo geral, são itens que podem trazer dinheiro indiretamente. Mesmo que, em alguns casos, não haja a troca direta pela moeda, ainda assim alguns direitos podem oferecer retorno financeiro indireto, como os títulos públicos e seus juros.

Obrigações

Como comentamos anteriormente, as obrigações também fazem parte do patrimônio de uma pessoa e precisam ser contabilizadas. 

Em resumo, chamamos de obrigações todos os compromissos financeiros que uma pessoa assumiu, que geram uma diminuição em seu patrimônio total.

Como aumentar o patrimônio? 4 dicas para maior segurança financeira

Para finalizar este conteúdo, vamos apresentar algumas dicas interessantes para quem quer aumentar o patrimônio, no sentido financeiro da palavra.

1. Acúmulo de capital

A primeira dica é acumular capital. Em resumo, isso significa manter uma parte de seu lucro no caixa da empresa, de modo a aumentar seu poder de negociação e de compra.

Para a pessoa física, o acúmulo pode levar a vida toda, ainda mais se o indivíduo não conhecer métodos eficientes de aumentar sua renda e/ou poupar, como investimentos em ações e demais ativos presentes no mercado atual.

2. Aquisição de imóveis

Uma ótima maneira de aumentar seus bens é comprar imóveis, os quais tendem a valorizar acima da inflação, além de serem itens úteis para diversos fins. 

No momento da aquisição desse bem, pode ser que o comprador não tenha um objetivo definido para ele, sendo o valor dessa aquisição apresentado em um momento futuro.

Um exemplo clássico disso é o valor de terrenos há 50 anos e a cotação atual. No passado, a terra quase não valia dinheiro, mas quem escolheu comprar imóveis naquela época tem um excelente patrimônio atualmente.

3. Compra de equipamentos de produção

Outra excelente forma de aumentar o patrimônio é comprar equipamentos de produção, os quais conseguem gerar valor através do trabalho. É o caso de veículos, máquinas e aparelhagem industrial, por exemplo.

Esses itens geram valor e trazem retornos, entregando muito mais que o investimento inicial para quem os comprou — se bem usados —, trazendo um incremento natural no patrimônio de seu dono.

4. Produção intelectual

Por fim, temos a produção intelectual, da qual poucas pessoas conhecem o verdadeiro poder. Existem obras literárias, por exemplo, que atravessam séculos sem que percam o valor.

No caso, isso indica que o autor original continua recebendo seus direitos autorais até os dias de hoje, através de seus descendentes.

A produção intelectual também engloba a área científica. Desenvolver e registrar um produto também retorna ganhos para o detentor da patente, que também pode valer por muitos anos.

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