Você sabia que 48% das empresas brasileiras fecham em até 3 anos e o principal motivo é a falta de um gerenciamento eficiente? Esse é o dado e a conclusão de um estudo do IBGE que deixa clara a necessidade de se preocupar com a gestão financeira empresarial, seja você o dono de um grande ou pequeno negócio.
Afinal, a área financeira é a que permite o funcionamento de todo o resto. Um bom controle garante o pagamento de:
- fornecedores;
- salários;
- aluguel;
- contas de internet, água e luz, e muito mais.
Isso sem contar que a gestão financeira de qualidade é indispensável para que a empresa possa fazer investimentos eficientes para atrair clientes e ampliar seu alcance de mercado.
Não podemos deixar de citar que é o controle financeiro o que permite que o empreendedor tenha um salário e possa se dedicar ao negócio.
Por outro lado, sem uma boa gestão empresarial até o pagamento das contas mais básicas se torna um problema e o empreendedor se vê na posição em que fechar as portas é a melhor escolha que ele pode tomar.
Para não enfrentar essa terrível escolha é fundamental que você comece a realizar um bom gerenciamento. Como? Essa é a pergunta que respondemos ao longo deste artigo. Continue lendo e acompanhe nossas dicas de gestão financeira para empresas.
O que você verá no artigo:
O que é gestão financeira empresarial?
A gestão financeira é o conjunto de práticas para o controle eficiente do capital de uma empresa. Ela inclui o planejamento, execução e monitoramento de resultados visando o aumento da lucratividade, a redução de custos desnecessários, o melhor aproveitamento dos recursos da organização e seu consequente crescimento.
Na prática, a gestão financeira empresarial reúne todas as ações envolvidas na administração do fluxo de capital, o que inclui:
- o acompanhamento de todos os valores que entram em caixa, seja por venda, aportes financeiros externos ou outras fontes;
- o rastreio do capital que sai da empresa, para pagamento de custos fixos e variáveis, e mais;
- o planejamento de investimentos para o impulsionamento do negócio;
- a definição de objetivos e metas da área;
- o monitoramento dos resultados alcançados;
- a realização de melhorias.
Em suma, as atividades envolvidas na administração do negócio contribuem para que todo o ciclo comercial possa acontecer sem gargalos e obstáculos.
Isso é especialmente relevante para organizações de pequeno porte, afinal, é comum que essas empresas possuam uma restrição de capital mais significativa.
Logo, aproveitar ao máximo os recursos disponíveis se torna ainda mais importante para a continuidade de suas operações.
Qual é a importância da gestão financeira nas empresas?
Antes de apresentarmos as dicas de gestão financeira para empresas vale a pena conhecer um pouco mais sobre as vantagens de realizá-la, como:
- redução de desperdícios;
- aumento de lucros;
- eficiência no crescimento;
- redução da inadimplência;
- cumprimeiro de obrigações fiscais;
- previsibilidade financeira.
Redução de desperdícios de capital
Um dos principais objetivos da gestão financeira empresarial é a redução de desperdícios, e isso passa pela identificação e eliminação de gastos que não trazem retorno para a organização. A gestão de custos identifica esses gargalos e os elimina.
Contudo, isso só pode ser realizado com um controle eficiente dos gastos, etapa indispensável para o gerenciamento financeiro do negócio.
Aumento de lucros
A redução dos gastos gera, automaticamente, o aumento dos lucros. Perceba que mesmo sem aumentar as vendas, você terá melhores resultados gerais, apenas identificando e cortando gastos.
Além disso, ao eliminar gastos desnecessários é possível direcionar o capital da organização para investimentos que, de fato, tragam bons resultados, como, por exemplo, o aumento da atração de clientes a partir de campanhas de marketing mais assertivas.
Eficiência no crescimento
Uma boa gestão financeira empresarial inclui a criação de um planejamento que defina:
- objetivos;
- metas;
- prazos;
- ações que direcionam o negócio ao sucesso.
Com essa organização há um aumento da chance de você alcançar o que deseja para o negócio.
Sem um bom plano, suas chances de navegar sem direção, e por tanto sem eficiência na chegada, são maiores. O resultado, geralmente, é mais gasto e menos retorno.
Redução da inadimplência
Talvez você já tenha vivido o medo de não ter dinheiro suficiente para pagar suas contas. Ao manter a organização das contas a pagar você reduz as chances de enfrentar esse problema.
Mesmo que haja uma queda de vendas, por exemplo, é possível se programar com antecedência sobre qual caminho tomar, escolhendo opções de crédito que tenham taxas reduzidas.
Ao contrário, surpresas financeiras podem fazer você precisar, por exemplo, de um empréstimo mais caro, como o do cheque especial, para pagar suas despesas.
Garantir a realização das obrigações fiscais
A gestão financeira empresarial é imprescindível para cumprir as obrigações fiscais, seja por meio dos relatórios de faturamento, DREs, e outros documentos necessários.
Estar em dia com a área fiscal garante que você não precisará lidar com multas e taxas que podem prejudicar muito o seu funcionamento.
Leia também: Saiba o que é NFC-e, seus diferenciais e obrigações fiscais
Previsibilidade financeira
A capacidade de projetar os resultados financeiros da empresa, seja de gastos ou receitas, é fundamental para o direcionamento das ações, a tomada de decisão assertiva baseada em dados e no cenário que você enxerga a partir da análise deles.
Como fazer a gestão financeira de uma empresa?
Agora que você já conhece a importância, seguimos para as dicas de como fazer a gestão financeira de uma empresa:
- Registre entradas e saídas
- Separe as finanças da empresa das pessoais
- Faça um controle de contas a pagar a curto e médio prazo
- Gerencie os valores a receber
- Controle o capital de giro
- Faça o monitoramento periódico dos resultados
- Use a tecnologia como aliada
1. Registre entradas e saídas
Essa é a etapa base de qualquer gestão empresarial. O registro dos valores que entram e saem do caixa é fundamental para o balanço financeiro, que mostra se a empresa está fechando os dias, semanas e meses no vermelho ou no azul.
A essa movimentação damos o nome de fluxo de caixa, que pode ser calculado subtraindo o montante de saídas do total de entradas.
Fluxo de caixa = receitas – despesas e gastos
Perceba que essa simples fórmula mostra a quantas anda a saúde financeira do negócio.
Afinal, um fluxo de caixa negativo, indica que os gastos estão sendo maiores do que as receitas, o que é extremamente preocupante.
Atenção! Todos os valores, mesmo os menores, que entram ou saem do seu caixa precisam ser atualizados no seu controle! Caso contrário, ele não será eficiente.
2. Separe as finanças da empresa das pessoais
Para a análise correta do fluxo de caixa é vital a separação das finanças da empresa das pessoais. Ou seja, é fundamental criar uma conta bancária para a sua empresa e outra para você.
Estabeleça um montante mensal que funcione como um salário, mesmo que você seja o único dono do negócio.
Envie esse valor para a sua conta pessoal e realize o pagamento das suas despesas particulares com ele.
Além de permitir uma melhor avaliação sobre os resultados da companhia, esse cuidado também é importante para os balanços fiscais que a organização precisa realizar.
3. Faça um controle de contas a pagar a curto e médio prazo
Existem despesas que se repetem todos os meses, independente do número de vendas que você realizar, a elas damos o nome de custos fixos, como salários e aluguel.
Toda empresa também precisa lidar com custos variáveis, que mudam de acordo com o volume de transações, alguns exemplos são impostos e comissões de venda.
Coloque todos esses custos em um sistema de controle financeiro ou planilha, já programando os gastos para os próximos meses.
Assim você identifica quanto precisa faturar no mês para pagar as contas iniciais, aquelas que já começam com você, antes do mês iniciar.
Esse tipo de controle também ajuda a acompanhar a aproximação das datas de vencimento das suas despesas, contribuindo para melhor organização do capital necessário para o pagamento.
A opção por um sistema de gestão financeira facilita o acompanhamento criando alertas sobre pagamentos e, claro, recebimentos.
4. Gerencie os valores a receber
É comum que as empresas ofereçam formas de pagamento que permitam os clientes parcelarem suas compras.
Ao fazer isso, é fundamental incluir as datas de recebimento e os valores para os meses seguintes, garantindo que também serão considerados no acompanhamento financeiro.
Caso seja necessário, envie lembretes aos clientes e faça cobranças. Com os recursos certos é possível automatizar esse trabalho, configurando as informações apenas uma vez e deixando o sistema trabalhar.
Leia também: Como emitir boleto utilizando o Bling!
5. Controle o capital de giro
Capital de giro é o valor necessário para arcar com os seus compromissos financeiros mensais e manter a empresa funcionando. Entre os gastos envolvidos estão salários, aluguel, hospedagem do site (caso você faça vendas online) e mais.
Se não há capital de giro suficiente para pagar suas contas, você pode sofrer problemas como:
- a perda de crédito com fornecedores e todo o mercado;
- redução da produtividade da equipe e até interrupção do trabalho;
- diminuição da atração de clientes;
- interrupção de serviços como internet e luz,
- taxas e multas que vão pesar ainda mais sobre a sua saúde financeira e mais.
A fórmula para calcular o capital de giro líquido (CGL) é simples e direta:
CGL = Ativo Circulante – Passivo Circulante
Os ativos circulantes são os valores que você tem em caixa e a receber no período, já os passivos circulantes são as despesas, gastos e investimentos, ou seja, os valores que saem do caixa.
É indispensável a realização do controle de capital de giro para garantir que será possível arcar com as obrigações financeiras. Por isso, essa é uma etapa importante da gestão financeira empresarial.
Leia também: Como conseguir capital de giro para sua empresa e gerenciá-lo de forma eficiente
6. Faça o monitoramento periódico dos resultados
Os resultados da gestão financeira empresarial só serão sentidos se tudo o que falamos até aqui foi posto em prática. Além disso, parte fundamental do trabalho é o monitoramento dos resultados.
Acompanhe semanal e mensalmente os principais indicadores financeiros do negócio como:
- faturamento;
- margem de contribuição;
- capital de giro;
- lucratividade.
São eles que vão mostrar se a empresa está ou não está no caminho certo.
Para alcançar uma qualidade superior na gestão do negócio, indicamos que leia também: “3 dicas de planejamento financeiro para pequena empresa!”.
7. Use a tecnologia como aliada
Seja você gerente de uma pequena, média ou grande empresa, a tecnologia precisa fazer parte da sua gestão.
Todas as empresas que buscam eficiência precisam contar com ferramentas que vão melhorar seus resultados.
Uma das razões para isso é a velocidade com que o sistema de gerenciamento realiza função que você demora horas para cumprir, por exemplo, a criação de um relatório de resultados, a gestão do estoque, a cobrança de pagamentos e muito mais.
Com configurações simples é possível tornar automática uma série de funções, como a atualização do volume de mercadorias em estoque após o registro de uma venda.
Essa agilidade proporcionada pela automação permite que pequenos empreendedores, possam usar melhor seu tempo buscando oportunidades para a organização, analisando resultados e realizando aquelas melhorias que são constantemente adiantadas.
Na lista de recursos de um gerenciador financeiro para pequenas empresas estão:
- atualização, apresentação e controle do fluxo de caixa;
- automação de cobranças recorrentes;
- controle de contas a pagar;
- emissão de boletos registrados;
- acompanhamento de resultados com balancete gerencial e mais.
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