O plano de negócios nada mais é do que um documento usado para definir a estratégia e os recursos necessários para tirar uma empresa do papel. Seu intuito é reduzir riscos e aumentar as chances de sucesso do negócio. 

Você sabia que o Brasil ocupa a 138ª posição no ranking de abertura de empresas do Banco Mundial? Este número, que em nada representa o espírito empreendedor do brasileiro, preocupa especialistas do segmento. 

Além disso, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase metade (48%) das empresas brasileiras fecham em até 3 anos. E o motivo para isso, na maioria dos casos, é a falta de uma gestão eficiente.

Poucos sabem disso, mas a solução para tal problema pode ser mais simples do que parece. Um plano de negócios bem feito pode ajudar a diminuir riscos, determinar a melhor alocação de recursos e até mesmo ajudar o empreendedor a prever algumas dificuldades e se preparar para elas. 

Nem todos entendem como colocar o plano de negócios em prática, no entanto. Por isso, neste artigo, vamos te mostrar o que é esse documento, como criá-lo e ainda te daremos um modelo pronto para ser seguido. 

Vamos começar… 

O que é um plano de negócio?

O plano de negócio é um documento que permite ao empreendedor elencar seus principais objetivos de curto, médio e longo prazo, listando também as ações que precisam ser tomadas para que essas metas se concretizem. 

Em termos mais simples… o plano de negócio é a base para ter uma empresa bem-sucedida. 

Ao colocar suas metas no papel, é possível prever uma série de riscos e problemas que podem cruzar o caminho da companhia. Desse modo, também é possível se preparar para estes percalços e buscar a melhor solução antes mesmo que os problemas aconteçam. 

Criar um plano de negócio também permite ao empreendedor identificar tópicos que ainda não estão em seu repertório de conhecimento. Isso dá a oportunidade de investir em estudos mais aprofundados e trabalhar zonas de fraqueza. 

Em resumo, um plano de negócio tem como objetivo mostrar como vender ou distribuir um serviço ou produto, quais concorrentes mais se destacam no mercado, qual é o perfil de clientes e mais. 
À primeira vista, pode até parecer complicado criar um plano de negócios. Mas, acredite… é mais simples do que parece – e o esforço é recompensado.

Por que o plano de negócios é importante para uma empresa? 

Um plano de negócio é tão importante para novos empreendedores quanto para aqueles que já têm experiências em seu nicho de mercado. Esse é o tipo de documento que serve para sedimentar os primeiros passos, mas também para ajudar na expansão de negócios que já vendem.
Em suma, o que o plano faz é manter a objetividade das decisões, melhorar a comunicação entre todos os envolvidos e ainda ajudar a compreender o negócio mais profundamente. Vamos detalhar cada benefício a seguir. Confira!

Mantém a objetividade das decisões

Nós sabemos que, ao criar um negócio do zero, a empolgação pode tomar conta. Muitas das maiores empresas, hoje, nasceram de ideias apaixonadas – e que muitos poderiam até rotular como “insanas”. 

No entanto, toda paixão precisa ser equilibrada com um pouco de objetividade, sobretudo no mundo dos negócios. Quando colocamos na ponta do lápis, existem muitos investimentos que precisam ser feitos, parceiros comerciais que precisam ser contatados, canais de venda que precisam ser configurados… 

E tudo isso pode ser mapeado por meio de um plano de negócio. 

Ter essas metas bem definidas é o primeiro passo para evitar que a empolgação tome conta e ofusque as realidades do mercado. É preciso esperar o melhor, e se preparar para o pior, sempre.

Melhora a comunicação entre os stakeholders

Poucos têm essa percepção, mas o plano de negócios também pode ser uma ferramenta de comunicação eficiente entre os stakeholders da sua empresa. 

Os stakeholders são todas as pessoas e parceiros comerciais que têm algum tipo de interesse nos projetos, atividades e resultados gerados por uma companhia. Alguns dos stakeholders mais comuns são os colaboradores, investidores, clientes e fornecedores. 

Nesse caso, o plano do seu negócio pode servir, por exemplo, como uma ferramenta de argumentação na hora de arrecadar fundos de investimento. Ou, ainda, pode ser mostrado para clientes, na busca pelo fechamento de vendas. Essa é uma estratégia que funciona particularmente bem em empresas do ramo B2B.

Ajuda a compreender mais profundamente o negócio

Uma empresa pode ser apenas uma ideia abstrata na mente de seu fundador, até que ele seja obrigado a organizar os seus pensamentos no papel. E esse é exatamente o objetivo do plano de negócios. 

Ao criar um documento como esse, empreendedores serão obrigados a contextualizar a atuação da empresa, levando em conta fatores que vão além daqueles que dizem respeito apenas à organização interna. 

Isso inclui pensar em iniciativas de marketing, fazer análises de concorrência, ajustar detalhes logísticos e legais. Enfim… a lista é longa. 

E por que entender o negócio mais profundamente é tão importante? Primeiramente, isso vai reduzir os riscos de erros durante a implementação do negócio. Atenção: não eliminá-los, mas sim reduzi-los. 

Além disso, esse conhecimento pode trazer novos insights para o negócio, mostrando perspectivas que não eram consideradas antes, mas que podem trazer resultados interessantes no curto, médio e longo prazo.

Quais os elementos principais de um plano de negócio? 

Agora que você já sabe o que é um plano de negócio e para que ele serve, é hora de conhecer os principais elementos que estão presentes em um. Vamos começar?

1. Sumário executivo

Todo livro começa com um índice, certo? Ele serve para organizar as informações e facilitar a navegação pelo conteúdo. Com o plano de negócio, acontece o mesmo. O sumário executivo está ali para listar os tópicos abordados e guiar a pessoa para que encontre os temas de seu interesse mais facilmente.

Esse é um recurso essencial pois, como você deve imaginar, este é um documento extenso e com muito conteúdo. O papel do sumário executivo, portanto, é mostrar onde estão as informações mais importantes. 

Vale lembrar que o sumário executivo deve ser elaborado por último, uma vez que todo o conteúdo já esteja pronto para ser diagramado. Outra dica importante é desenvolver diferentes versões do sumário executivo, especialmente criadas para aumentar o interesse de quem o lê.

Um investidor, por exemplo, pode ter interesse em conhecer tópicos diferentes do que seus sócios ou fornecedores.

2. Análise de mercado

Nenhuma empresa existe no vácuo. Isso quer dizer que você deve considerar o seu mercado na hora de criar um plano de negócio. Isso inclui entender quem são seus fornecedores, qual o seu perfil de cliente ideal, como seus concorrentes se posicionam… 

A análise de mercado funciona em 5 etapas: 

Análise de clientes: quem vai comprar os produtos ou serviços que a sua empresa oferece? 

Análise de fornecedores: quem vai te fornecer os insumos, matérias-primas ou produtos para venda? 

Análise de concorrentes: quais são as empresas que concorrem com a sua, direta ou indiretamente? Quais seus pontos fortes e fracos? No que eles deixam a desejar? 

Análise de setor: quais as perspectivas de crescimento para o setor no qual a sua empresa está inserida? Ele está em retração ou expansão? 

Análise de segmento de mercado: quais são os nichos de mercado que parecem mais promissores? Existe alguma parcela de clientes que têm demandas mal atendidas?

E existem algumas formas de fazer essa análise de mercado. Vamos explicar, a seguir, algumas modalidades de pesquisa que podem ser aplicadas pela sua empresa nessa fase.

Pesquisa primária

A pesquisa primária, como o nome sugere, requer a coleta de dados em primeira mão. Isso quer dizer que a sua empresa será responsável por distribuir questionários, armazenar e analisar os resultados.

Isso pode ser feito por meio do e-mail, ligações telefônicas, canais de comunicação digitais como chat do WhatsApp, Instagram ou qualquer outro ponto de contato usado pela sua empresa. 

Pesquisa secundária

a pesquisa secundária envolve a análise de dados que já existem, usando informações públicas e oficiais, divulgadas por instituições respeitadas do mercado. Nesse tipo de pesquisa, você deve levar em consideração as particularidades do seu segmento.

Pesquisa quantitativa

A pesquisa quantitativa tem o foco em processar quantidades maiores de informações. Os dados são mais abrangentes e, usualmente, dizem respeito a uma grande parcela da população.

É importante usar esses dados com cuidado, já que a sua abrangência pode comprometer a personalização das informações e a verdadeira aplicação delas no contexto do seu negócio.

Pesquisa qualitativa

As pesquisas qualitativas, por sua vez, têm como objetivo obter dados mais subjetivos e aprofundados. Nesse caso, as amostras usadas – ou seja, a quantidade de pessoas que participam da pesquisa – são menores. 

3. Plano de marketing

Depois de concluir a sua análise de mercado, é hora de elaborar um plano de marketing completo. Ele serve para determinar variáveis como: 

  • Produto: ou seja, o que seja vendido e quais os diferenciais desses itens; 
  • Praça: canais de venda da empresa. Eles podem ser físicos ou digitais; 
  • Promoção: quais iniciativas serão usadas para promover essas mercadorias ou serviços;
  • Preço: valor final, cobrado diretamente do cliente; 
  • Pessoas: como a empresa vai atender clientes e criar relacionamentos com seus compradores. 

Também é importante lembrar que é nessa fase que serão determinados os valores de orçamento para cada iniciativa. Dependendo dos canais escolhidos, por exemplo, o alcance de suas campanhas pode ser maior ou menor, mais ou menos qualificado.

4. Padrões de qualidade

Toda empresa precisa ter padrões de qualidade bem definidos, em todos os setores do negócio. Isso vale desde a escolha dos materiais para produção dos produtos, até processos de embalagem e entrega ao cliente.

Se a sua empresa está no ramo de serviços, é importante focar na qualidade do atendimento. Sua equipe deve ser bem treinada e os canais de comunicação da sua empresa devem ser fáceis de usar. 
A preocupação com a qualidade é, muitas vezes, um grande diferencial de seus concorrentes. E, acredite, o cliente nota a diferença.

5. Plano operacional

O plano operacional é a parte do planejamento que cuida dos aspectos mais práticos da operação. Nele, são definidas as tarefas que precisam ser completadas, assim como quais equipes ficarão responsáveis por completá-las. 

Uma boa ferramenta para colocar esse plano em prática é a metodologia 5W2H. Nela, você deve responder às seguintes perguntas: 

  • What (O quê): o que deve ser feito?
  • Who (Quem): quem será o responsável por executá-la?
  • Why (Por quê): por que essa atividade deve ser feita?
  • When (Quando): a tarefa deve ser feita imediatamente ou no futuro?
  • Where (Onde): onde deverá ser realizada?
  • How much (Quanto): qual o custo operacional orçado?
  • How (Como): de que forma a atividade será realizada?

Para fazer o download gratuito de uma planilha personalizável 5W2H, basta clicar no link.

6. Plano financeiro

A desorganização financeira também é um dos principais empecilhos que empresas encontram no caminho para o sucesso. Por isso, é preciso ter muito cuidado ao determinar o orçamento para cada iniciativa do seu negócio

Fazer um plano financeiro também envolve acompanhar certas variáveis, como a margem de lucro, precificação, investimento em marketing, taxa de conversão e mais. É preciso ter uma estimativa segura de receitas e despesas, a fim de que você possa se programar.

7. Análise de fornecedores

Nós já falamos sobre a importância da qualidade neste artigo. E, nesse quesito, uma das variáveis mais importantes são os fornecedores. Eles são, afinal, os parceiros comerciais responsáveis por garantir à sua empresa os insumos necessários para vender. 

Além de controlar a qualidade das matérias-primas, eles também têm direta influência nos prazos de entrega. Sendo assim, analisar as opções de fornecedores que a sua empresa tem é essencial para garantir um bom serviço

Existem algumas variáveis que precisam ser levadas em consideração na hora de escolher seus fornecedores. São elas: 

  • Localização: fornecedores que estão próximos à sua empresa têm mais chances de oferecer um serviço de entrega rápido e de qualidade; 
  • Preço: quanto menor o custo para sua empresa, melhor será a sua margem de lucro; 
  • Forma e prazos de pagamento: as formas de pagamento e os prazos são muito importantes para manter o fluxo de caixa da sua empresa saudável. Por isso, analise essa variável antes de escolher;
  • Atendimento: o fornecedor tem uma equipe dedicada para atender a sua empresa e tirar dúvidas? Quais seus horários de atendimento? Esse é um fator crucial para determinar se essa relação será duradoura ou não. 

Quantidade mínima por compra: existem alguns fornecedores que trabalham com lote mínimo, enquanto outros oferecem mais flexibilidade na quantidade de itens por compra. A escolha por cada modelo vai depender das suas projeções de venda.

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Esperamos que depois de todas essas informações sobre o plano de negócios, você sinta-se preparado para colocar a mão na massa e criar o seu. Lembre-se: o sucesso da sua empresa começa por aí.

E, como nós sabemos que o tempo dos empreendedores é limitado, nós temos uma ferramenta que pode te ajudar: a planilha personalizável de plano de negócios.

Ela foi criada por especialistas do Ecommerce na Prática, para ajudar empreendedores como você. Para baixar a sua, de graça, clique aqui:

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