Dentro do mundo corporativo existem termos que transitam entre os gestores. O payback é um deles. Apesar de ser um termo estrangeiro, já é bem conhecido no mercado e tem um significado simples para todos que querem empreender. 

O payback nada mais é do que a estimativa do tempo que a empresa demora para retornar os investimentos iniciais. E isso é uma conta que deve estar bem-calculada pelo gestor, pois demonstrará os sucessos e fracassos do negócio muito rapidamente, além de quais estratégias priorizar para focar em seu crescimento escalável.

Para aprender o que é payback de uma empresa, seus tipos e como calculá-lo, leia até o final e dê seus primeiros passos na organização financeira do seu negócio!

O que é payback de uma empresa?

O termo payback, que significa “retorno” em tradução livre, corresponde ao período no qual os resultados líquidos acumulados da empresa equivalem ao investimento feito inicialmente. Ou seja, é usado para calcular o tempo que um negócio vai render ao ponto de retornar todo o dinheiro investido.

Em outras palavras: ficar no zero a zero em relação ao capital investido e o dinheiro recebido. Se você investir R$10.000 na sua empresa, em quanto tempo terá esses R$10 mil de volta (em resultados líquidos, tirando descontos)? 1 ano? 2 anos? 5 anos? A resposta é o payback do seu negócio.

Sendo assim, ele é essencial para a saúde financeira de toda a empresa.

E, quando falamos sobre retorno de investimento, ele não deve ser calculado somente quando se abre uma empresa, mas toda a vez que se investe em algo, como um projeto e desenvolvimento de novos produtos/serviços.

O payback é importante pois dá ao gestor a estimativa de tempo que vai levar até que ele recupere a aplicação inicial.

Vale ressaltar que esse período pode variar bastante dependendo do tamanho da empresa e do valor do investimento. De modo geral, o retorno acontece dentro de alguns meses ou anos.

O payback também está relacionado a outros indicadores financeiros:

  • ROI (Retorno sobre Investimento) – que é o percentual de retorno sobre o investimento inicial;
  • VPL (Valor Presente Líquido) – que é o valor acumulado do fluxo de caixa usado para o cálculo do payback;
  • TIR (taxa Interna de Retorno) – taxa de juros para a qual o VPL torna-se zero. 

Como fazer o cálculo do payback?

O cálculo do payback envolve uma fórmula simples, mas que deve ser adequada ao planejamento conforme as variáveis.

É preciso colocar todos os custos relacionados ao investimento ― o que nem sempre é fácil ―, e também os custos relacionados de equipamentos, funcionários, despesas administrativas e operacionais.

Após, define-se um resultado médio mensal de fluxo de caixa desejado, considerando um período determinado. Dividindo o investimento por esse resultado, obtêm-se o payback do projeto.

De forma geral, a fórmula do payback é: 

Payback simples = Investimento inicial / Saldo médio do fluxo de caixa no período

Por exemplo: Caso a empresa tenha investido R$ 50.000 e o resultado médio mensal de fluxo de caixa é R$ 3.000, o cálculo do payback deve ser: 

PB = 50.000 / 3.000 = 16,6 meses (aproximadamente 16 meses e meio para que o retorno do investimento aconteça). 

Vale destacar que projetos novos geralmente têm resultados negativos nos primeiros meses, mas com a soma compensatória dos meses que seguem dão resultado positivo ao final. 

Assim que o resultado for atingido é sinal que o payback foi alcançado. Isso também vale para investimentos em equipamentos ou ampliações, por exemplo.

Quais são os tipos de payback?

Existem dois tipos de payback: nominal (simples) e com valores atualizados (descontado). O simples é calculado sem incluir o valor do dinheiro no tempo, mostrando o período que leva para recuperar o investimento inicial. Já o descontado adiciona a taxa de desconto (juros) antes de somar o fluxo de caixa.

Como calcular o payback simples, já vimos no exemplo acima citado. E, para mensurar o payback descontado é preciso utilizar da taxa de desconto na sua fórmula, ou seja, atualizando os valores nominais. Nesse caso, o prazo para retorno aumenta um pouco.

Em outras palavras, o payback descontado “atualiza” o valor do seu dinheiro no tempo, fazendo a devida correção monetária. Afinal, a inflação atua diretamente sobre o valor do capital.

A fórmula do payback descontado é:

Valor descontado = FC / (1 + TMA).1

Qual a relação entre fluxo de caixa e payback?

É fundamental reservar um dinheiro para as necessidades que irão surgir até o negócio tomar forma e ter fluxo de caixa, e pode-se utilizar o payback como um aliado para escolher os melhores investimentos.

O fluxo de caixa deve se manter ativo mesmo enquanto aguarda o payback de um investimento, se não a operação acaba ficando inviável financeiramente. 

Principalmente quando a empresa não contar com muito capital de giro, é importante o payback ser bem-organizado para não endividar a empresa e acabar sem fluxo de caixa (dinheiro no banco). 

Ou seja, o planejamento e acompanhamento de ambos devem andar juntos.

Leia também: 5 erros no fluxo de caixa que comprometem a gestão

Vantagens e desvantagens do payback

Entre as vantagens de calcular o payback estão: 

  • fórmula fácil de aplicar e mostra o grau de investimento e o tempo de retorno;
  • útil para o gestor tomar decisões sobre novos investimentos para a empresa;
  • mensura o retorno de investimento mesmo em projetos com pouca vida útil.

Entre as desvantagens podemos citar: 

  • não serve para mensurar o retorno de projetos mais longos, já que desconsidera os ganhos após o período de recuperação;
  • o payback simples pode ser superficial quanto ao tempo de retorno pois não considera a correção monetária nem alterações nas taxas de juros.

Entre as vantagens, o payback oferece uma ideia do nível de liquidez do negócio e do risco que pode correr. 

Ele é muito utilizado principalmente em negócios arriscados e também em projetos com vida limitada, a fim de não dar apenas gastos, mas também lucro.

Em todo o caso, o cálculo é fundamental em épocas de crise econômica ou instabilidade financeira, pois aumenta a segurança na gestão dos negócios e faz o investimento ser mais sólido.

Saiba mais: Gestão financeira empresarial: o que é, como fazer?

Como gerar mais resultados para sua empresa?

Se a premissa para conseguir mais resultados é subir cada vez mais as metas, vale ter tudo bem-organizado. Desde um inventário com um levantamento de receitas e despesas da empresa até a atualização periódica do fluxo de caixa.

Também é preciso ser realista e deixar uma margem de respiro para a possibilidade de perdas (inadimplência ou atrasos). 

E, acima de tudo, acompanhe a movimentação do seu negócio para identificar possibilidades e considerar novos projetos.

Para acompanhar de forma mais inteligente e com otimização de tempo, nada melhor do que um sistema de gestão online, como o Bling. Com ele, é possível monitorar todas as entradas e saídas da empresa, identificar problemas, além de emitir notas e boletos de forma automatizada. 

O retorno de um negócio inicia, sem dúvida, com a sua boa estruturação e gestão, e nisso o Bling é seu aliado.

Ele possui funcionalidades valiosas para empresários que vão abrir seu negócio ou que já possuem e precisam organizá-lo!

Além desses recursos, o Bling oferece conta digital, controle financeiro, integração logística, gestão de estoque e muito mais.

Veja abaixo como o Bling pode ajudar o seu negócio a crescer de modo escalável e sustentável:

Faça agora um teste grátis do Bling por 30 dias e entenda como investir na boa gestão da sua empresa de modo simples, seguro e completo!